As forças de segurança investigam, no Ceará, um grupo criminoso suspeito de realizar lavagem de dinheiro proveniente da exploração de jogos de azar como o jogo do bicho e outras apostas clandestinas. Conforme as investigações, conduzidas pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará (Ficco/CE), foram identificadas transações financeiras acima de R$ 300 milhões.
As ações são tocadas no âmbito da Operação Apostas Encerradas, deflagrada na manhã desta sexta-feira (6), em ação conjunta com a Receita Federal. Nesta sexta, são cumpridos seis mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo e Ceará. Além disso, foi decretado o sequestro de sete imóveis de alto padrão e um carro de luxo, além do bloqueio de contas bancárias vinculadas aos investigados.
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Conforme as forças de segurança, as medidas têm o objetivo de “ampliar a coleta de provas e garantir a responsabilização dos envolvidos, além de assegurar a eficácia da persecução penal”.
A Operação Apostas Encerradas é um desdobramento da Operação Primma Migratio, deflagrada em abril deste ano. A análise fiscal revelou uma diferença notável entre os rendimentos declarados pelos suspeitos e as movimentações financeiras feitas por eles – alcançando mais de R$ 40 milhões, em valores suspeitos.
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Parte desses recursos foi usada para comprar imóveis de alto padrão, incluindo uma cobertura em uma área nobre de Fortaleza, além de veículos de luxo – as aquisições seriam parte dos esforços para lavagem de dinheiro obtido ilegalmente, nas apostas clandestinas.
A investigação aponta ainda que a organização criminosa está envolvida em diversos outros crimes, usando os recursos obtidos para financiar outras atividades ilegais, possivelmente incluindo a corrupção de agentes públicos.
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Ficco/CE
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará (Ficco) é composta pela Polícia Federal (PF), Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), Polícia Militar do Ceará (PMCE), Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado do Ceará (SAP).
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