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80% dos jovens no Ceará que não estudam nem trabalham desistiram de buscar emprego

8 em cada 10 jovens no Ceará que não estudam nem trabalham desistiram de buscar emprego

Foto: Carlos Gibaja/Casa Civil

O Ceará registrou, em 2023, uma taxa alarmante de 80,4% de jovens entre 15 e 29 anos fora da força de trabalho, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na “Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2024”. Ao todo, são 482 mil jovens que desistiram de buscar emprego ou se encontram fora do mercado de trabalho por motivos diversos, como problemas de saúde, desânimo, dedicação aos estudos ou responsabilidades domésticas.

Entre os jovens classificados como desocupados (buscando emprego ativamente) ou fora da força de trabalho, o número total alcança 600 mil pessoas nessa faixa etária. Apesar do cenário desafiador, o estado registrou uma redução de 10,72% em relação a 2022, quando 672 mil jovens estavam nessa condição.

A análise por faixa etária revela que os jovens de 25 a 29 anos apresentam a maior taxa de desistência do mercado de trabalho, seguidos pelos jovens de 18 a 24 anos. Já entre os adolescentes de 15 a 17 anos, embora a taxa fora da força de trabalho seja de 94,8%, especialistas apontam que a presença desse grupo no mercado não é desejável, considerando que a prioridade deve ser a educação formal.

Esse contexto reflete um dos maiores índices de jovens fora da força de trabalho desde 2012, destacando a urgência de políticas públicas voltadas para a inclusão social e econômica da juventude cearense.

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Entre os jovens avaliados, 117,6 mil estão na condição de desocupados, ou seja, procuram emprego ativamente, mas não conseguem uma oportunidade. A dificuldade de inserção no mercado pode estar associada a fatores como baixa qualificação profissional, escassez de vagas adequadas e limitações estruturais da economia local.

Especialistas indicam que a situação exige um esforço conjunto entre governo, iniciativa privada e sociedade para criar oportunidades que garantam inclusão e sustentabilidade. Investimentos em educação técnica, incentivo ao empreendedorismo jovem e políticas de estímulo à contratação podem contribuir para reverter o quadro.

Com o segundo maior percentual de jovens fora da força de trabalho registrado desde 2012, o Ceará enfrenta o desafio de transformar o potencial dessa geração em um motor de desenvolvimento econômico e social para o estado.

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