Vídeos gravados por turistas e autoridades mostram o momento que o catamarã com 47 turistas afunda em Maragogi, em Alagoas, nesta sexta-feira (13). A embarcação, que também contava com três tripulantes, naufragou na Praia de Barra Grande, a cerca de 3 km da costa. O acidente resultou na morte do turista Silvio Bispo Romão, de 76 anos, natural de São Paulo, que estava hospedado em um resort de Porto de Galinhas, Pernambuco, com amigos e familiares.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o grupo de turistas estava sem coletes salva-vidas no momento do naufrágio, apesar de a embarcação possuir os equipamentos a bordo. “Foi sorte de não ter acontecido uma tragédia maior. Meu filho foi quem viu o barco encher e me avisou. O motorista mandou o capitão acionar as bombas, mas já era tarde. As pessoas entraram em pânico. Somente ele [filho] estava de colete, adulto e idoso sem”, relatou um dos passageiros.

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Lanchas de apoio e o Corpo de Bombeiros realizaram o resgate, e nove vítimas foram levadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Maragogi para cuidados médicos. Segundo o governo estadual, a embarcação tinha capacidade para 70 pessoas.

Embora possuísse a documentação exigida pela Marinha, o catamarã não estava inscrito no Cadastro Único dos Prestadores de Serviço do Município, um registro obrigatório para operações na área. Em nota, a Prefeitura de Maragogi revelou que a embarcação envolvida no acidente já havia sido autuada anteriormente por passeios clandestinos e estava em uma área onde a visitação é proibida. A Associação dos Proprietários de Catamarãs de Maragogi confirmou que a embarcação operava de forma irregular.

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O prefeito Fernando Sérgio Lira (PP) comentou que o programa “Maragogi Vai de Boa”, que visa regularizar o tráfego e limitar o número de alvarás, foi adiado para após a estação de verão devido a pedidos do setor turístico.

A Secretaria de Turismo de Maragogi acionou um Comitê de Crise para prestar suporte às vítimas e seus familiares. Em nota, a Marinha reafirmou o compromisso com a segurança e destacou a necessidade de fiscalização rigorosa. “Oferecemos todo o suporte necessário às vítimas e não mediremos esforços para esclarecer as causas do acidente”, declarou a Secretaria de Turismo.

 

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