Os médicos adulto/flex que atuam nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Caucaia, geridas pela empresa terceirizada RM Gestão, iniciaram uma paralisação parcial nesta segunda-feira (16). A medida ocorre devido ao atraso nos salários referentes aos meses de outubro e novembro, que seguem sem previsão para pagamento.
A paralisação foi comunicada na última sexta-feira (13) pelo Sindicato dos Médicos do Ceará, que notificou o prefeito Vitor Valim, a Secretaria Municipal de Saúde, a Secretaria de Gestão e Governo de Caucaia e as direções das UPAs Jurema e Centro sobre a decisão da categoria.
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A interrupção dos serviços teve início às 15h desta segunda-feira. Durante a paralisação, serão mantidos apenas os atendimentos classificados como amarelo, laranja e vermelho, conforme o Protocolo de Manchester, que determina a prioridade de pacientes de acordo com a gravidade dos casos.
Em comunicado oficial, o presidente interino do Sindicato dos Médicos do Ceará, Dr. Luigi Morais, destacou a gravidade da situação.
“Os profissionais das UPAs de Caucaia não possuem mais condições de continuar suas atividades nas atuais circunstâncias. Estamos à disposição para colaborar na resolução deste problema e pedimos que medidas imediatas sejam tomadas para sanar essa situação crítica, assegurando a continuidade do atendimento médico.”
A paralisação afeta diretamente o atendimento de pacientes com quadros menos graves, classificados como verde e azul. O Sindicato dos Médicos reitera que a decisão foi tomada após várias tentativas de diálogo e na busca por uma solução rápida para a regularização dos pagamentos.
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A entidade também reforçou seu compromisso com os profissionais e com a população, afirmando estar aberta para intermediar as negociações entre os médicos, a Prefeitura de Caucaia e a empresa terceirizada RM Gestão.
O atraso nos salários de dois meses gerou insatisfação e preocupação entre os profissionais de saúde, que, além de enfrentarem dificuldades financeiras, denunciam o comprometimento das condições de trabalho. A situação das UPAs de Caucaia ressalta um problema recorrente na gestão terceirizada de serviços de saúde e levanta questionamentos sobre a garantia dos direitos trabalhistas e a qualidade do atendimento à população.
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