O Ceará Sporting Club está sendo investigado pela Polícia Civil do Ceará (PCCE) por suposta emissão de notas fiscais fraudulentas que somam mais de R$ 45 milhões. A investigação envolve o contrato do clube com a empresa de apostas esportivas EstrelaBet, patrocinadora da equipe durante parte da Série B de 2023.
De acordo com informações publicadas pela Folha de São Paulo, a operação consistia na emissão de notas fiscais de recebíveis que eram posteriormente canceladas. O objetivo seria utilizar esses documentos como garantias para antecipação de valores junto a fundos financeiros. A prática pode configurar crimes como formação de quadrilha, apropriação indébita e lavagem de dinheiro.
O departamento jurídico do Ceará confirmou a existência de um inquérito, mas negou qualquer irregularidade.
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“Nada disso procede. Estamos aguardando mais informações, mas estamos tranquilos e prontos para prestar qualquer esclarecimento que se faça necessário”, afirmou Fred Bandeira, diretor jurídico do clube.
O presidente do clube, João Paulo Silva, reconheceu em declaração à Folha de São Paulo que houve a emissão de notas posteriormente canceladas. Segundo ele, esse procedimento era utilizado como garantia em operações financeiras e não configura fraude.
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A EstrelaBet, que encerrou o contrato de patrocínio com o Ceará em abril de 2024, afirmou que estava ciente da operação e alertou o clube sobre possíveis implicações legais. Após a repetição da prática, a empresa decidiu rescindir o contrato.
Em nota, a EstrelaBet declarou:
“A EstrelaBet esclarece que o contrato de patrocínio com o Ceará Sporting Club foi rescindido de maneira formal e dentro das disposições contratuais previamente estabelecidas. A confidencialidade contratual impede a divulgação de detalhes específicos a respeito do distrato. A EstrelaBet reitera seu compromisso com a integridade e com a conformidade, valores que norteiam todas as suas parcerias, e está à disposição para contribuir com as autoridades.”
A investigação, que tramita em segredo de justiça, apura o envolvimento de João Paulo Silva e outras oito pessoas. A suspeita é de que o grupo tenha cometido crimes de formação de quadrilha, apropriação indébita e lavagem de dinheiro.
Em nota, a Polícia Civil do Estado do Ceará afirmou que não comentará o caso enquanto o processo estiver sob sigilo judicial.
O caso gerou grande repercussão no meio esportivo e entre torcedores do Ceará, que aguardam esclarecimentos sobre as acusações. O clube deve se pronunciar oficialmente após o avanço das investigações.
A investigação segue em andamento, e as autoridades apuram a extensão das irregularidades e o possível envolvimento de outros responsáveis. Enquanto isso, o Ceará Sporting Club busca preservar sua imagem e assegurar que o caso não impacte suas atividades esportivas e institucionais.
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