Ceará é o estado brasileiro com o maior número de pontes federais em condições precárias de infraestrutura
Dnit confirma que vai alterar regras de segurança de pontes e fazer ‘pente fino’
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) confirmou que vai revisar as regras de monitoramento, da classificação de risco e dos processos que hoje usa na fiscalização das pontes federais em todo o país. A informação está publicada na edição desta quarta-feira (25) da Folha de São Paulo, após confirmação do diretor-geral do órgão federal, Fabrício Galvão.
Nesta terça-feira (24) o jornal publicou que o Ceará é o estado brasileiro com o maior número de pontes federais em condições precárias de infraestrutura. O estado possui 93 pontes federais com problemas estruturais, sendo 77 classificadas como “ruim” e 16 como “crítica”.
Este cenário coloca o Ceará à frente de Minas Gerais, com 81 pontes problemáticas, e Pernambuco, com 73, no ranking nacional de estados com maior número de estruturas comprometidas.
Dnit regras segurança
As mudanças também devem incluir a redução de prazo entre as inspeções realizadas pelas equipes regionais da autarquia.
Atualmente um sistema centraliza as informações sobre o status de cada ponte, sua classificação de risco, obras em andamento e intervenções necessárias. Esse sistema é alimentado pelas inspeções humanas, feitas a cada um ano e meio.
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Desabamento ponte
Após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Tocantins e Maranhão, o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Fabrício Galvão, declarou que o órgão está investigando a ausência de registros ou alertas sobre a situação da estrutura. A declaração foi feita em meio à comoção causada pelo incidente, que resultou em vítimas e interdição da BR-226.
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Investigação imediata e estranheza pela falta de alertas
“O que nos causa estranhamento é que não houve nenhum registro ou alerta sobre a situação da ponte Juscelino Kubitscheck de Oliveira, na divisa do Tocantins com Maranhão. Puxamos as informações dos últimos três anos. Por isso, instalamos uma comissão imediatamente, para apurar essa situação”, afirmou Galvão. A fala do diretor demonstra a preocupação do DNIT em entender as causas do colapso e, principalmente, a aparente falta de informações prévias sobre a condição da ponte.
A comissão instalada terá a responsabilidade de conduzir uma investigação minuciosa, buscando identificar possíveis falhas nos processos de inspeção e monitoramento da ponte. Serão analisados documentos, relatórios técnicos e outros dados relevantes para esclarecer o ocorrido.
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