Evandro Leitão apontou como exemplos a convocação de 540 novos servidores em dezembro e dívidas da Prefeitura
Sarto rebate críticas de Evandro Leitão sobre finanças e transição na Prefeitura de Fortaleza
O prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), respondeu nesta sexta-feira (27), às críticas feitas pelo prefeito eleito Evandro Leitão (PT), que o acusou de tomar decisões políticas para “inviabilizar a próxima gestão”. Evandro Leitão apontou como exemplos a convocação de 540 novos servidores em dezembro e dívidas da Prefeitura, especialmente na saúde, que já somam R$ 400 milhões e podem aumentar.
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“Ele me criticou por convocar 540 novos servidores concursados nas áreas de saúde e segurança pública. Eu deveria descumprir os editais, por acaso? Em quatro anos, contratei 6 mil servidores por concursos. Esses profissionais cuidam da nossa cidade. Um prefeito deveria saber disso”, rebateu Sarto.
Sobre os empréstimos, Evandro Leitão afirmou que o próximo governo já começará com R$ 1 bilhão em operações de crédito e que os valores podem ultrapassar R$ 3 bilhões até o fim do mandato, com parte desses empréstimos contraídos junto a bancos nacionais, que têm juros mais altos.
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Sarto justificou os recursos como necessários para obras e melhorias na cidade. “Construí 17 escolas, 34 creches, 24 postos de saúde, 3 hospitais, 53 areninhas e mais de 310 quilômetros de ruas. O dinheiro público é para melhorar a vida das pessoas”, destacou.
A gestão do Instituto José Frota (IJF) também foi alvo de críticas de Leitão, que mencionou uma dívida de R$ 100 milhões e problemas como falta de insumos e atrasos no pagamento de profissionais. Sarto atribuiu parte da dificuldade ao Governo do Estado, alegando que metade dos pacientes do IJF é do interior, mas que o repasse estadual cobre apenas 10% dos custos. “Por que Leitão não cobra do governador uma partilha justa desse orçamento?”, questionou.
Outro ponto de embate foi o subsídio do transporte público. Evandro Leitão criticou o pagamento autorizado pela gestão atual, enquanto Sarto defendeu a medida como forma de evitar aumento nas tarifas, atribuindo cortes de repasses ao governo estadual. “Será que Leitão também vai cortar os repasses e reajustar as tarifas?”, concluiu o prefeito.
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