De acordo com a Agefis, oito homens trabalhavam no local no momento da intervenção.
Demolição do Bangalô Aristides Capibaribe é embargada por falta de documentação
Na manhã desta segunda-feira, 30, o histórico Bangalô Aristides Capibaribe, localizado no bairro Jacarecanga, em Fortaleza, teve sua demolição interrompida pela Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) por irregularidades no processo. Parte do teto do imóvel já havia sido retirada quando os fiscais embargaram a obra devido à ausência de documentação oficial que autorizasse a demolição.
De acordo com a Agefis, oito homens trabalhavam no local no momento da intervenção. O representante da obra inicialmente impediu a entrada dos agentes no terreno, o que levou à necessidade de acionar a Guarda Municipal. Apenas com o apoio da corporação foi possível acessar o local. Questionado, o representante alegou não possuir identificação no momento, mas posteriormente apresentou o documento exigido.
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Os fiscais lavraram um auto de infração contra o responsável pela obra. O próximo passo será o comparecimento do proprietário à sede da Regional II para prestar esclarecimentos. Segundo a Agefis, o representante da obra se comprometeu a interromper os trabalhos, mas afirmou que permaneceria no local aguardando a chegada do proprietário.
Histórico do imóvel e questões pendentes
O Bangalô Aristides Capibaribe, construído no século XIX, é um marco histórico de Fortaleza. O prédio, de estilo neoclássico e três pavimentos, já foi conhecido como Palacete Oscar Pedreira, em homenagem ao empresário que implantou a primeira linha de ônibus da capital cearense na década de 1920. Em 1932, passou a ser chamado de Bangalô Aristides Capibaribe, nome dado em tributo ao então presidente da Federação Cearense de Futebol.
Apesar de seu valor histórico e arquitetônico, o imóvel aguardava, desde 2007, o reconhecimento definitivo de tombamento. No entanto, após 17 anos, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) arquivou o processo, deixando o prédio vulnerável a intervenções e demolições, como a iniciada nesta semana.
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O estado de conservação do bangalô é precário. Há uma semana, uma vizinha relatou problemas causados pela estrutura do imóvel. Segundo ela, parte do bangalô desabou, atingindo sua residência e danificando telhas. A queixa destaca os riscos associados ao abandono do patrimônio e reforça a necessidade de medidas preventivas para evitar novos acidentes.
Repercussão e próximos passos
A demolição do Bangalô Aristides Capibaribe suscita debates sobre a preservação do patrimônio histórico de Fortaleza. Para especialistas e moradores, a ausência de um tombamento definitivo reflete a falta de políticas públicas efetivas voltadas para a conservação de imóveis históricos.
O caso também levanta questionamentos sobre as responsabilidades dos proprietários e do poder público em relação ao cuidado com bens que possuem relevância cultural. Com o embargo da obra, espera-se que os órgãos competentes avaliem as condições do imóvel e promovam soluções que conciliem a segurança da população com a preservação da memória histórica da cidade.
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