Estratégia faz parte das ações do Ministério da Saúde para o controle das arboviroses
Fábrica de ‘mosquitos do bem’ será instalada no Ceará para combater a transmissão de dengue, zika e chikungunya
O Ceará adotou uma nova estratégia para controlar a disseminação das arboviroses na região e com isso deve instalar uma fábrica de “mosquitos do bem” no estado, em 2025. Esse empreendimento será responsável por produzir vetores portadores de uma bactéria que, ao entrar em contato com o Aedes aegypti, impede a transmissão da dengue, zika e chikungunya.
A Biofábrica será construída no território cearense como parte das ações para controle de arboviroses do Ministério da Saúde. O prédio da iniciativa será instalado no Distrito de Inovação em Saúde, no Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, na Fiocruz Ceará. A expectativa é que o projeto seja entregue até o final de 2025.
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Ao todo, 1.794 municípios nordestinos devem receber os “mosquitos do bem” produzidos no estado. Essa distribuição deve causar um impacto positivo para cerca de 55 milhões de pessoas, nos próximos anos.
Mosquitos do bem
A tecnologia de controle de arboviroses, que utiliza a bactéria Wolbachia para modificar o mosquito Aedes aegypti, já está em operação em 15 países, demonstrando resultados promissores na redução de doenças como dengue, zika e chikungunya. Em locais como Austrália e Colômbia, a implementação dessa tecnologia resultou em uma impressionante diminuição de mais de 90% nos casos de dengue.
No Brasil, cidades como Niterói já relataram uma queda de 69% nos casos de dengue e reduções significativas nas infecções por chikungunya e zika graças a implementação da iniciativa. Outros locais que também já fazem uso da tecnologia são: Campo Grande (MS), Petrolina (PE) e parte de Belo Horizonte (MG).
Método Wolbachia
Os “mosquitos do bem” são produzidos por meio do Método Wolbachia, que envolve a manipulação da bactéria Wolbachia, um microrganismo encontrado em cerca de 60% dos insetos na natureza. O objetivo é criar uma nova população de mosquitos que portem essa bactéria, com a intenção de diminuir a incidência de arboviroses.
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A fêmea do Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, ao cruzar com mosquitos infectados com Wolbachia, gera descendentes que também contêm a bactéria e não transmitem os vírus associados. Essa abordagem tem eficácia na prevenção das quatro variantes da dengue, além dos vírus da zika, chikungunya e febre amarela urbana.
Os mosquitos criados não são transgênicos e não transmitem doenças, conforme afirmam especialistas. Estudos laboratoriais demonstraram que a Wolbachia, sendo um microrganismo intracelular, não pode ser transmitida para humanos ou outros mamíferos.
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