CINEMA

O que se trata o filme “Ainda Estou Aqui”?

Fernanda Torres fez história ao ganhar o Globo de Ouro 2025 na categoria de Melhor Atriz em Filme de Drama por sua atuação no filme “Ainda Estou Aqui”

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6 de janeiro de 2025

Portal GCMAIS

O filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, é uma poderosa narrativa que retrata a luta de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, durante o período da ditadura militar no Brasil. A história se desenrola em 1970, quando a vida de Eunice, uma mulher comum casada com um político influente, é drasticamente alterada após o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva (Selton Mello), que é capturado pelos militares.

O que se trata o filme “Ainda Estou Aqui”?

Contexto histórico do filme “Ainda Estou Aqui”

“Ainda Estou Aqui” mergulha no contexto sombrio da ditadura militar brasileira, um período marcado pela repressão e pela violação dos direitos humanos. A narrativa começa com Eunice vivendo uma vida relativamente tranquila na Zona Sul do Rio de Janeiro, cercada por sua família e amigos. No entanto, essa aparente normalidade é interrompida quando Rubens é sequestrado, levando Eunice a uma jornada de resistência e busca pela verdade sobre o destino do marido.

A transformação de Eunice

A partir do momento em que Rubens desaparece, Eunice se transforma de uma dona de casa em uma ativista dos direitos humanos. O filme retrata sua luta incansável para descobrir o que aconteceu com seu marido e sua determinação em enfrentar um regime opressor. Essa transformação é central para a narrativa, mostrando como a dor pessoal pode galvanizar a ação política e social. Ela não apenas busca respostas para si mesma, mas também se torna uma voz para outras famílias que sofreram perdas semelhantes.

Temas centrais

O filme aborda temas profundos como perda, coragem e resiliência. A dor de Eunice é palpável, especialmente em cenas que destacam momentos de alegria familiar contrastados com a tragédia de sua situação. Um dos momentos mais impactantes ocorre quando, mesmo após receber a notícia da morte de Rubens, Eunice decide levar seus filhos para tomar sorvete, tentando manter alguma normalidade em meio ao caos. Essas cenas são cruciais para entender a força emocional do filme e o impacto da repressão na vida cotidiana das pessoas.

A luta pela memória

Além da busca pessoal por justiça, “Ainda Estou Aqui” também se torna um relato sobre a importância da memória coletiva. O filme destaca como as histórias individuais se entrelaçam com a história nacional, enfatizando que as experiências de Eunice e sua família são representativas de muitas outras famílias afetadas pela ditadura. O longa-metragem serve como um lembrete poderoso da necessidade de lembrar e reconhecer os horrores do passado para evitar que se repitam no futuro.

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Fernanda Torres e “Ainda Estou Aqui” no Globo de Ouro 2025

Fernanda Torres fez história ao ganhar o Globo de Ouro 2025 na categoria de Melhor Atriz em Filme de Drama por sua atuação no filme “Ainda Estou Aqui”. A cerimônia ocorreu no dia 5 de janeiro de 2025, e essa vitória é significativa, pois a torna a primeira brasileira a conquistar esse prêmio na categoria de atuação.

Durante a premiação, Fernanda Torres competiu com grandes nomes do cinema, incluindo Nicole Kidman, Angelina Jolie e Kate Winslet. Sua performance como Eunice Paiva foi amplamente elogiada pela crítica, e sua vitória foi considerada uma grande surpresa da noite. Em seu discurso emocionado, ela dedicou o prêmio à sua mãe, a renomada atriz Fernanda Montenegro, mencionando que sua mãe havia recebido uma indicação na mesma categoria há 25 anos por “Central do Brasil”. Torres expressou que essa conquista é uma prova de que a arte pode permanecer relevante mesmo em tempos difíceis.

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O filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, também foi indicado na categoria de Melhor Filme em Língua Não Inglesa, mas não levou o prêmio, que ficou com “Emilia Pérez”. A vitória de Fernanda Torres é um marco importante para o cinema brasileiro, especialmente considerando que é a primeira vez que o país ganha um Globo de Ouro na categoria de atuação desde 1999.

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