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Lula sanciona lei que reconhece barracas da Praia do Futuro como patrimônio cultural do Brasil

Lula sanciona lei que reconhece barracas da Praia do Futuro como patrimônio cultural do Brasil

Foto: Mateus Dantas / CMFor

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou com vetos a lei, aprovada no Congresso Nacional, que reconhece as barracas da Praia do Futuro, em Fortaleza, como patrimônio cultural nacional do Brasil. A oficialização foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), nesta quarta-feira (8).

Um ponto do projeto foi vetado pelo presidente: o trecho que garantia que a estrutura das barracas hoje existente fosse mantida exclusivamente pela Prefeitura. Segundo o Planalto, isso seria inconstitucional, pois tiraria da União a competência de “gerir e fiscalizar praia marítima, que constitui bem da União, de uso comum do povo”. Também avalia que isso poderia trazer malefícios de ordem ambiental.

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A tramitação da matéria no Congresso terminou em 17 de dezembro de 2024, em votação no Senado. O texto, que começou a tramitar na Câmara Federal, foi proposto pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE).

Os seis quilômetros da Praia do Futuro firmaram-se como ponto turístico em Fortaleza na década de 1940 e tornaram-se marca registrada do litoral do Ceará. Conforme prevê o projeto aprovado, o poder público, em parceria com a comunidade local, deve adotar medidas para preservação, valorização e salvaguarda do patrimônio cultural. O texto ainda assegura a participação ativa da comunidade local, dos barraqueiros e dos demais interessados na formulação de políticas públicas destinadas à preservação do patrimônio cultural.

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No Senado, o projeto foi relatado na Comissão de Educação (CE) pelo senador Cid Gomes (PSB-CE). Agora, o projeto segue agora para a sanção da Presidência da República. Para Cid, a Praia do Futuro é um ícone de Fortaleza e do Ceará, reconhecida por sua cultura, patrimônio histórico e impacto econômico, com barracas que “vão além de estabelecimentos comerciais, servindo como espaço culturais e gastronômicos ao público”.

A transformação do projeto em lei pode colaborar na solução de uma disputa jurídica envolvendo as mais de 100 barracas que ocupam a faixa de areia da praia. Em 2005, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública pedindo a remoção de barracas construídas irregularmente. Desde então, o Ministério Público, a Prefeitura de Fortaleza e os empresários negociam uma solução conjunta para o local.

Com informações da Agência Senado

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