REVISÃO

MPCE recomenda suspensão de pagamentos por suspeita de superfaturamento no transporte escolar de Choró

Veículos que não comparecerem à vistoria serão considerados inexistentes

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9 de janeiro de 2025
Portal GCMAIS

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) recomendou, nesta quarta-feira (8), que a Prefeitura de Choró suspenda os pagamentos à empresa responsável pelo transporte escolar municipal devido às suspeitas de superfaturamento e irregularidades no serviço. A orientação foi feita pelo promotor de Justiça Aureliano do Nascimento Barcelos, da Promotoria de Justiça Vinculada de Choró.

MPCE recomenda suspensão de pagamentos por suspeita de superfaturamento no transporte escolar de Choró
Foto: Fábio Nakakura/MEC

A recomendação exige que os pagamentos relacionados ao contrato nº 2022.11.01.001, firmado com a empresa Cariri Edificações, Serviços e Conduções Eireli, sejam suspensos no prazo de 24 horas após o recebimento da notificação. Além disso, o MPCE determinou que todos os veículos utilizados no transporte escolar sejam submetidos a uma vistoria agendada pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) no dia 10 de janeiro de 2025. Veículos que não comparecerem à vistoria serão considerados inexistentes.

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O MP também recomendou que o município inicie um novo processo licitatório para contratar uma empresa que atenda adequadamente ao serviço de transporte escolar. O prefeito de Choró e a secretária de Educação têm 48 horas para informar as medidas adotadas e divulgar a recomendação em meios oficiais. O não cumprimento das exigências, sem justificativa formal, poderá resultar em ações cíveis e responsabilização por má-fé ou dolo.

O contrato investigado tem como objeto a prestação de serviços de transporte escolar para alunos do ensino fundamental e médio da rede pública municipal. Avaliado em R$ 3.198.309,76, o acordo apresenta indícios de irregularidades, de acordo com documentos analisados pelo MP e vistorias realizadas pelo Detran.

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Entre os problemas encontrados estão:

  • Sublocação de veículos acima do permitido pelo contrato;
  • Utilização de veículos pertencentes a pessoas ligadas a agentes políticos;
  • Predomínio de veículos com mais de 15 anos de fabricação – alguns com quase 30 anos de uso;
  • Divergências entre os veículos contratados e os efetivamente utilizados;
  • Quantidade de veículos inferior à contratada.

Essas irregularidades apontam para um possível prejuízo significativo ao erário e reforçam a necessidade de medidas imediatas para corrigir as falhas no serviço. A Prefeitura de Choró ainda não se manifestou oficialmente sobre a recomendação do MPCE.

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