RIO GRANDE DO SUL

Sogro de suspeita de colocar arsênio em bolo morreu envenenado 4 meses antes, diz perícia

Polícia encontrou farinha contaminada com arsênio, um tipo de inseticida, na casa da mulher que cozinhou o bolo

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10 de janeiro de 2025
Estadão Conteúdo

O resultado do exame de exumação do marido da mulher que fez um bolo de reis com arsênio em Torres, no Rio Grande do Sul, mostrou que ele também foi envenenado. Paulo Luiz dos Anjos morreu em setembro, três meses antes do envenenamento de outros cinco integrantes da família, entre elas a própria mulher que cozinhou o bolo. Ao todo, quatro pessoas morreram.

Sogro de suspeita de colocar arsênio em bolo morreu envenenado 4 meses antes, diz perícia
Foto: Polícia Civil / Divulgação

“Foi o segundo mais envenenado (com maior presença de arsênio) das quatro mortes”, disse o delegado responsável pelo inquérito, Marcos Vinícius Veloso, da Delegacia de Polícia de Torres, ao Estadão.

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A suspeita da Polícia Civil é de que a nora do casal tenha causado os envenenamentos na família devido a um desentendimento com a sogra. Ela foi presa preventivamente no último domingo, 5. “Nós temos fortíssimos indicativos pela justificativa da prisão. Ela foi a autora”, disse Veloso após a prisão ser efetivada.

A polícia encontrou farinha contaminada com arsênio, um tipo de inseticida, na casa da mulher que cozinhou o bolo. A substância também foi encontrada, em concentrações altíssimas, nas amostras de sangue, urina e conteúdo estomacal das três vitimas do bolo de reis: Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, Maida Berenice Flores da Silva, de 59, e Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 47 anos.

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“Os níveis de arsênio dessas amostras são tão elevados que são considerados tóxicos e letais, e isso se explica a causa da morte”, explicou Marguet Mittmann, diretora do Instituto Geral de Perícias (IGP-RS), em coletiva de imprensa esta semana.

A polícia informou que, devido ao sigilo das investigações, não pode revelar os motivos dos conflitos entre nora e sogra. No entanto, o delegado afirmou que os problemas entre ambas ocorriam há 20 anos.

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