A sanção da nova lei que restringe o uso de celulares em escolas públicas e particulares pelo presidente Lula trouxe à tona a preocupação com a concentração e o desempenho dos estudantes. A medida, que permite o uso de celulares apenas para fins pedagógicos ou em situações excepcionais, vem sendo recebida com aprovação por pais, alunos e educadores, que destacam os benefícios dessa mudança.
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Camila, mãe de dois estudantes, é uma das apoiadoras da lei. Para ela, a restrição é essencial para combater o excesso de exposição às telas, intensificado durante a pandemia. “Os nossos filhos ficaram muito tempo nas telas naquela época, e estamos tentando reverter isso. Se a escola adotar essa medida de fato, acho que será importante para a sociabilidade e o aprendizado deles”, afirma.
Sara, aluna do terceiro ano do ensino médio, já evita usar o celular em sala de aula. A jovem acredita que essa atitude contribui diretamente para seu desempenho acadêmico. “Sem o celular, consigo focar mais, até em matérias que não gosto tanto. Quando entendemos a base de um conteúdo, percebemos que não é tão difícil e começamos a nos interessar mais. Isso faz toda a diferença”, conta.
A Secretaria da Educação do Ceará já está se preparando para orientar as escolas sobre a adequação à nova legislação. Segundo a pasta, as regras passarão a integrar os regimentos internos das instituições de ensino a partir do início do ano letivo de 2025. “Enviamos um ofício às regionais e diretores reforçando a lei de 2008, que já proibia o uso em sala de aula. Agora, com a nova legislação, haverá uma ampliação das restrições para outros espaços da escola, com exceções específicas”, explica a secretaria.
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O presidente do Sindicato Apeoc, que representa profissionais da educação, reforça a importância de um diálogo contínuo com estudantes e comunidades escolares. “A tecnologia deve ser um complemento no processo educacional. Infelizmente, o uso indiscriminado dos celulares tem prejudicado o rendimento e até a saúde mental dos alunos. Essa lei é um passo importante para que o ambiente escolar seja mais focado no aprendizado e no respeito às dinâmicas educacionais”, defende.
Embora a lei restrinja o uso generalizado de celulares, ela reconhece a importância da tecnologia na educação. De acordo com a Secretaria da Educação do Ceará, equipamentos como tablets e plataformas digitais continuam a ser ferramentas valiosas no ambiente escolar, mas seu uso deve ser planejado e integrado ao projeto pedagógico.
“Entregamos tablets e chips para todos os estudantes e utilizamos essas tecnologias para avaliações diagnósticas e acesso a plataformas de ensino. Mas é fundamental que o uso seja planejado pelo professor e esteja alinhado ao plano de aula”, destaca a secretaria.
Especialistas acreditam que a medida pode ser um divisor de águas no desempenho escolar. Além de melhorar a concentração, a lei busca minimizar os impactos negativos da exposição excessiva às telas, como problemas de saúde mental e queda no rendimento acadêmico.
Enquanto a nova regulamentação é implementada, pais, professores e estudantes terão o desafio de encontrar um equilíbrio entre a tecnologia e o aprendizado, construindo juntos um ambiente escolar mais produtivo e saudável.
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