As fortes chuvas registradas nas últimas horas em Fortaleza provocaram caos em diversos pontos da cidade, causando alagamentos, invadindo casas e comércios, abrindo buracos nas vias, e deixando moradores e comerciantes em desespero. Um dos locais mais afetados foi o Buraco da Gia, tradicional centro comercial popular, que foi tomado pelas águas.

No Centro da cidade, a cena no Buraco da Gia foi de prejuízos e dificuldades. A água invadiu lojas e boxes, arrastando mercadorias e impossibilitando o funcionamento das atividades comerciais. Luzanira, uma comerciante local, lamentou o cenário: “Todo ano é a mesma coisa. A chuva é sinônimo de prejuízo aqui. Este ano, tentei colocar barreiras para evitar a entrada de água, mas não foi suficiente”, desabafou.

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A situação também foi crítica em outras regiões da capital. A Avenida Heráclito Graça, no cruzamento com a Barão de Studart, ficou completamente intransitável, enquanto trechos da Avenida Aguanambi enfrentaram severos alagamentos. A correnteza levou lixo, pedaços de madeira e cones, evidenciando o impacto da falta de drenagem adequada. Semáforos pararam de funcionar na Oliveira Paiva, na Cidade dos Funcionários, gerando ainda mais caos no trânsito.

Chuvas intensas em Fortaleza alagam tradicional centro de compras e causam prejuízos

 

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Na Sapiranga, uma árvore desabou na Rua Nadir Sabóia, bloqueando a via. Já na Avenida Plácido Castelo, no Tancredo Neves, a água acumulada deixou moradores preocupados com a possibilidade de suspensão da feira local. Em um dos casos mais impactantes, a água invadiu a casa de seu Milton, causando perdas materiais e emocionais para a família.

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Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o volume de chuva registrado entre 7h de terça-feira e 7h desta quarta-feira foi de 132 milímetros na estação da Defesa Civil. Este é o maior volume desde 11 de fevereiro de 2024. A Defesa Civil alerta que as chuvas devem continuar até pelo menos quinta-feira, mantendo a cidade em estado de atenção.

Enquanto isso, moradores e comerciantes clamam por soluções para minimizar os transtornos. “Não podemos continuar vivendo assim. Todo ano é o mesmo sofrimento”, concluiu Luzanira, refletindo o sentimento de muitos que convivem com o problema. Com a quadra chuvosa apenas começando, Fortaleza precisa se preparar para lidar com os impactos das chuvas intensas e evitar que cenários como o do Buraco da Gia se repitam.

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