O prefeito de Fortaleza Evandro Leitão (PT) anunciou, na manhã desta quarta-feira (15), uma série de cortes na Prefeitura, incluindo a redução em 20% nos salários dele próprio, da vice-prefeita Gabriella Aguiar (PSD), dos secretários municipais e dos dirigentes de autarquias e fundações. Ele classificou os cortes, que incluem ainda mudanças nas licitações e admissões de terceirizados, como “medidas duras” a serem tomadas para reequilibrar as contas públicas.
Segundo Evandro, a perspectiva é de que o município tenha, com os cortes, uma economia de R$ 500 milhões no decorrer deste ano. As medidas valerão até o mês de junho e, a partir de então, serão reavaliadas. As informações foram divulgadas durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta.
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Confira a lista completa de cortes indicados durante o anúncio:
- Suspensão de todos os contratos e serviços não essenciais ou urgentes;
- Suspensão de licitações de aquisição de produtos e serviços não essenciais;
- Suspensão da admissão de novos servidores terceirizados;
- Redução de 30% dos gastos com servidores comissionados;
- Redução de 25% dos gastos com pessoal contratado por cooperativas;
- Redução de 50% dos valores das gratificações de Trabalho Relevante, Técnico ou Científico (TTR);
- Redução de 25% do valor dos contratos de Organizações Sociais que prestam serviços à administração;
- Suspensão das diárias e horas extras para servidores, terceirizados e colaboradores (exceto SMS, IJF e Guarda Municipal);
- Redução de 30% dos gastos com servidores terceirizados;
- Reavaliação imediata de todos os contratos de locação de imóveis;
- Suspensão de concessão de apoio, patrocínio ou subvenções de recursos públicos, para realização de eventos.
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Evandro já havia falado sobre as dívidas da Prefeitura de Fortaleza em coletiva realizada no fim de dezembro, logo antes de assumir a gestão. Na ocasião, ele pontuou que as dívidas com fornecedores já totalizam “bem mais” do que R$ 400 milhões – o valor citado diz respeito ao que já está empenhado, ou seja, oficializado para ser pago, e que o valor real é consideravelmente maior.
Ele disse ainda que, na área da saúde, mais crítica, unidades hospitalares chegam a relatar falta de esparadrapo e dipirona, além de refeições para os funcionários.
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