Após semanas de tensão na Faixa de Gaza, o governo de Israel anunciou oficialmente, nesta sexta-feira (17), a aprovação de um acordo de cessar-fogo com o Hamas. A decisão foi tomada durante uma reunião do Conselho de Ministros do país, onde 24 ministros votaram a favor e oito se posicionaram contra, segundo o site Axios.

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A primeira etapa do acordo prevê a libertação gradual de 33 reféns, que estão sob poder do Hamas desde o ataque ao território israelense em 7 de outubro de 2023. O início da liberação está marcado para o próximo domingo (19), com pelo menos três reféns sendo devolvidos neste dia. Estima-se que ainda haja cerca de 100 pessoas sequestradas pelo Hamas, incluindo crianças, mulheres e idosos.

Um dos casos mais emblemáticos é o de um bebê sequestrado quando tinha apenas dez meses de idade. O Hamas alega que a criança morreu em bombardeios, mas essa informação não foi confirmada por Israel.

Em contrapartida à liberação dos reféns, Israel se comprometeu a soltar centenas de palestinos detidos em prisões israelenses e interromper temporariamente os bombardeios na Faixa de Gaza. Esses termos foram negociados intensamente e chegaram a enfrentar resistência dentro do governo israelense, especialmente de membros mais linha-dura da coalizão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

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Apesar disso, Netanyahu conseguiu superar a oposição interna e avançar com o plano, que já havia recebido a aprovação do Gabinete de Segurança israelense horas antes. A trégua representa um momento crítico na tentativa de estabilizar a região, após semanas de conflito intenso.

A aprovação do cessar-fogo foi um desafio político para Netanyahu, que enfrentou pressão de alas mais radicais do governo. Apesar disso, ele manteve o foco no avanço das negociações. O Hamas também afirmou, nesta sexta-feira, que os últimos pontos de discórdia foram resolvidos.

Na quinta-feira (16), o gabinete do primeiro-ministro já havia sinalizado a aceitação dos termos do acordo, encerrando a ameaça de impasse e abrindo caminho para o anúncio oficial desta sexta.

O cessar-fogo e a promessa de liberação de reféns representam um momento de esperança para centenas de famílias que vivem em estado de angústia desde o início do conflito. A trégua, no entanto, é vista por especialistas como um passo inicial, em um contexto ainda incerto para o futuro da região.

O desdobramento do acordo será acompanhado de perto, à medida que as etapas de libertação forem cumpridas.

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