Após mais de sete horas de negociações, que se estenderam até a manhã de sábado (18), no Shabat, o dia de descanso judaico, o governo de Israel aprovou um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns com o Hamas.

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A decisão foi tomada pelo gabinete composto por 33 membros e permitirá que o acordo entre em vigor no domingo (19), representando um possível novo capítulo em um conflito que já dura 15 meses e tem causado grande destruição no Oriente Médio.

Principais informações sobre o acordo de cessar-fogo:

Aprovação do gabinete: O governo israelense deu sinal verde para o acordo, que inclui a interrupção dos combates em Gaza e a libertação de dezenas de reféns israelenses, bem como centenas de prisioneiros palestinos. O acordo também visa permitir a entrega de ajuda humanitária ao enclave devastado.

Início do cessar-fogo: O acordo deverá entrar em vigor às 8h30, horário local (16h30 no horário de Brasília), conforme anunciado pelo governo do Catar, um dos mediadores principais do acordo. No primeiro dia, três reféns civis israelenses que estavam em Gaza devem ser libertados.

Prisioneiros a serem libertados: Israel liberará 737 prisioneiros palestinos na primeira fase do acordo. A lista dos prisioneiros a serem libertados foi divulgada, mas os nomes de 25 menores, com idades entre 16 e 18 anos, não foram revelados.

Ajuda humanitária: O acordo prevê um aumento significativo no envio de ajuda humanitária para Gaza, com 600 caminhões diários transportando materiais de socorro, um aumento substancial em comparação aos 614 caminhões enviados nas duas primeiras semanas de janeiro, segundo dados da ONU. Centenas de caminhões já estão alinhados na passagem de fronteira de Rafah, aguardando a implementação do acordo.

Número de mortos: Desde o anúncio do acordo na quarta-feira (15), os ataques israelenses continuaram, resultando em pelo menos 122 mortes e 270 feridos, conforme informações da Defesa Civil de Gaza. Dentre os mortos, estão 33 crianças e 33 mulheres, com a maioria das vítimas localizadas no norte da Cidade de Gaza.

Este acordo representa uma tentativa de trazer alívio humanitário à população de Gaza, ao mesmo tempo em que busca aliviar as tensões no longo e sangrento conflito entre Israel e o Hamas.

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