A ação não foi desencadeada por gestos feitos em fotos publicadas na internet, como inicialmente divulgado, mas por uma camiseta usada pela vítima
Polícia reavalia motivação para morte de turista adolescente em Jericoacoara
Um mês após a morte do turista adolescente Henrique Marques de Jesus, de 16 anos, em Jericoacoara, no Ceará, a Polícia Civil do Estado (PCCE) trouxe à tona novos detalhes que mudam a compreensão inicial do caso. Segundo as investigações conduzidas pelo delegado Júlio Morais, do município de Jijoca de Jericoacoara, o crime, que ocorreu entre os dias 16 e 17 de dezembro, foi motivado por rivalidade entre facções criminosas. A ação não foi desencadeada por gestos feitos em fotos publicadas na internet, como inicialmente divulgado, mas por uma camiseta usada pela vítima.
Henrique foi atacado por integrantes de uma organização criminosa de origem carioca enquanto estava em viagem de férias com o pai, Danilo Martins de Jesus, de 33 anos. A família, originária de Bertioga, litoral de São Paulo, estava em Jericoacoara para aproveitar um breve descanso. Na noite do crime, o adolescente teria deixado o pai no centro da vila e retornado ao hotel sozinho, declarando que iria descansar. Horas depois, ele foi capturado por traficantes e não voltou com vida.
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Os suspeitos, dois menores de idade já apreendidos e um terceiro aguardando decisão judicial, relataram à polícia que Henrique chamou a atenção no ponto de venda de drogas por causa de uma blusa que usava, supostamente com um desenho de meia-lua, associado a uma facção rival. O celular da vítima, que teria imagens de armas, motos e grupos de WhatsApp relacionados a um grupo criminoso de São Paulo, não foi localizado, dificultando a comprovação das informações. Segundo o delegado, as declarações dos envolvidos foram coerentes, mas a ausência de provas materiais impede a confirmação definitiva.
Henrique foi levado para uma praia deserta, conhecida como Praia da Malhada, onde foi torturado e teve uma orelha decepada. Seu corpo foi encontrado em 18 de dezembro, em um ponto afastado da Lagoa Negra, após ser brutalmente agredido e abandonado pelos criminosos. A investigação aponta que a facção predominante na região concluiu erroneamente que Henrique era membro do grupo rival devido à camiseta e ao conteúdo de seu celular.
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Inicialmente, acreditava-se que o gesto de “três dedos” feito por Henrique em fotos publicadas no Instagram teria sido o estopim do crime, já que esse sinal é associado à facção paulista. Contudo, as investigações mais recentes descartaram essa motivação, reforçando a hipótese de que a blusa usada pelo adolescente foi o principal fator para o ataque.
Até o momento, três dos sete suspeitos identificados foram localizados. Os dois menores apreendidos e o terceiro suspeito aguardam as medidas do Poder Judiciário. O delegado Júlio Morais reforça que as investigações continuam em busca de esclarecer todos os detalhes do crime e levar os demais envolvidos à Justiça.
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