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Família cearense é repatriada das Filipinas após pai ser contratado por empresa suspeita de ligações com o crime

Família cearense é repatriada das Filipinas após pai ser contratado por empresa suspeita de ligações com o crime

Foto: Divulgação / Governo do Ceará

Uma família cearense foi repatriada das Filipinas, no sudeste da Ásia, após ser comprovada situação de desvalimento. A família, formada por um casal, dois filhos e uma avó, se mudou para o país após o pai ser recrutado por uma empresa de apostas online, no país asiático.

O que a família não sabia é que a empresa tinha suspeitas de envolvimento com o crime organizado, tráfico humano e trabalho análogo à escravidão. Para além disso, as empresas de Plataformas Digitais de Apostas (POGOs) foram proibidas nas Filipinas em 2024, alterando a situação empregatícia do homem.

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O reencontro com os parentes, no Brasil, ocorreu no Aeroporto de Fortaleza. trata-se do primeiro caso de repatriação acompanhado pelo Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM) do Aeroporto, equipamento da Secretaria dos Direitos Humanos do Ceará (Sedih) inaugurado em outubro de 2024.

Família cearense é repatriada das Filipinas após pai ser contratado por empresa suspeita de ligações com o crime

O Programa Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Sedih atuou no caso em articulação com outras instituições para possibilitar o retorno ao Ceará. Além da Sedih, o Ministério Público do Ceará (MPCE) também atuou localmente, para a garantia dos direitos dos integrantes da família.

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“Não tenho adjetivos para descrever meu êxtase. É incrível como a gente procura a felicidade tão longe e valoriza as pequenas coisas quando volta a tê-las”, afirma o pai. Ele migrou para as Filipinas em busca de uma oportunidade de emprego e, após um tempo de trabalho, possibilitou a migração dos demais integrantes da família.

Embaixada

A Embaixada do Brasil em Manila, nas Filipinas, explica que não existe um perfil certo de brasileiros morando no país. “Antigamente, a comunidade era composta por funcionários de multinacionais e modelos. Com a chegada das bets, chegaram pessoas para trabalhar irregularmente. Elas foram proibidas desde dezembro, então a maioria desses últimos já deixou o país”, afirma Pedro Franco, chefe do setor consular de Manila.

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Acompanhamento

“Após o acolhimento inicial no PAAHM, vamos acompanhá-los, junto ao Centro de Referência em Direitos Humanos – Dom Hélder Câmara, para que possam se reintegrar na sociedade, avaliando as possibilidades de inclusão em programas sociais. Objetivamos que eles possam fortalecer sua rede de apoio, sendo protagonistas da própria história, inclusive quando em outros países”, sinaliza Jamina Teles, supervisora do Programa Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Sedih.

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