CORREGEDORIA PEDE "PRUDÊNCIA"

Saiba quem é a juíza que usou meme do “Homem-Aranha” em despacho

Linguagem informal motivou a Corregedoria a emitir um ofício pedindo maior cautela

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24 de janeiro de 2025
Portal GCMAIS

A juíza Karina Dusse, da Justiça Federal da 2ª Região, voltou a ganhar destaque nas redes sociais após a circulação de uma decisão, emitida em setembro, na qual admitiu um erro utilizando a expressão popular “vacilei”. A juíza já havia chamado atenção no final do ano passado por incluir o meme do Homem-Aranha em um despacho, destacando um equívoco no encaminhamento de um processo.

Saiba quem é a juíza que usou meme do “Homem-Aranha” em despacho
Foto: Reprodução

No caso mais recente, Dusse respondia a embargos de declaração de uma das partes, que apontava um equívoco em sua decisão anterior. No texto, ela reconheceu o erro de forma descontraída: “Com razão os embargantes. Noutros termos, na gíria, ‘vacilei'”.

A linguagem informal usada por Dusse motivou a Corregedoria Regional de Justiça da 2ª Região a emitir um ofício nesta terça-feira (21), pedindo maior cautela. No documento, a corregedora Letícia Santis de Mello destacou a importância de uma linguagem simples e acessível no Judiciário, mas alertou para a necessidade de evitar elementos que possam comprometer “a seriedade e o decoro” dos magistrados.

Quem é a juíza que usou meme do “Homem-Aranha” em despacho

Natural de São Bernardo do Campo (SP), Karina Dusse formou-se em Direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 2008. Possui pós-graduação em Contencioso pelo IBMEC Business School e trabalhou como advogada sênior na Petrobras antes de ingressar na magistratura.

Dusse tomou posse como juíza federal substituta no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) em novembro de 2020 e, desde então, tem ganhado notoriedade por sua abordagem pouco convencional em algumas decisões judiciais.

A decisão que envolveu o meme do Homem-Aranha, no final de 2024, foi amplamente comentada. Na ocasião, a magistrada usou a imagem para ilustrar um erro de envio de processo para a vara errada, chamando atenção para o uso criativo, mas polêmico, de elementos informais em documentos judiciais.

Enquanto a postura da juíza divide opiniões entre aqueles que elogiam sua abordagem mais próxima da linguagem cotidiana e críticos que questionam a formalidade necessária ao Judiciário, o debate sobre a comunicação no sistema de Justiça permanece em pauta.

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