A vitória do Fortaleza por 3 a 1 sobre o Horizonte, na tarde deste sábado (25), no estádio Domingão, foi marcada por cenas lamentáveis de violência entre torcedores do próprio clube. Uma briga nas arquibancadas forçou o árbitro Marcelo de Lima Henrique a interromper o jogo aos 30 minutos do segundo tempo.
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A confusão começou ainda no intervalo da partida, mas ganhou proporções maiores na etapa final, quando uma nova briga eclodiu no setor central das arquibancadas, gerando tumulto e dispersão de torcedores. Relatos de famílias que decidiram deixar o estádio antes do apito final ilustram o clima de insegurança que tomou conta do local.
Diante da confusão, o capitão do Fortaleza, Tinga, tentou intervir. O lateral-direito chegou próximo às arquibancadas para pedir calma e o fim da briga, em uma atitude que foi elogiada pelos torcedores pacíficos. Poucos minutos depois, a situação foi controlada, e a partida pôde ser retomada.
Briga entre torcedores do Fortaleza interrompe jogo contra o Horizonte no Domingão
Os episódios de violência protagonizados por torcedores organizados do Fortaleza não são inéditos. Desde 2022, membros da Torcida Força da Galera (antiga TUF) e da Irmandade Tricolor (ex-JGT) vêm se envolvendo em conflitos. Confrontos foram registrados tanto em Fortaleza quanto em outros estados, manchando a imagem do clube e preocupando autoridades de segurança.
Um dos episódios mais emblemáticos ocorreu em 2023, quando integrantes das mesmas torcidas entraram em confronto no setor visitante da Neo Química Arena, em São Paulo, antes da semifinal da Copa Sul-Americana contra o Corinthians.
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Em janeiro de 2024, Marcelo Paz, então presidente do Fortaleza e atual CEO da SAF do clube, promoveu um acordo de paz entre as duas facções. Apesar disso, os esforços não impediram novos episódios de violência. Em março de 2024, diante da continuidade das hostilidades, o clube decidiu romper institucionalmente com ambas as torcidas organizadas.
No ano passado, confrontos também foram relatados em ruas de Fortaleza e até durante uma partida de futsal, envolvendo integrantes das mesmas torcidas.
Após a partida, Marcelo Paz usou as redes sociais para criticar os envolvidos na briga. Ele classificou os brigões como “uma vergonha” e reforçou que as atitudes violentas não representam os valores do Fortaleza.
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“Quanto aos brigões na arquibancada, vocês são uma vergonha! Vocês não têm os valores do clube e não nos representam. Quando o reconhecimento facial vier, e está perto, essas atitudes serão penalizadas com impedimento de acesso ao estádio”, escreveu Paz no Instagram.
Ele também reforçou o compromisso do clube em colaborar com a polícia e a justiça para identificar e punir os responsáveis pelos atos de violência. “Futebol é lugar de alegria, entretenimento, lazer. Não vamos ofuscar a alegria da vitória por vocês”, concluiu.
Com o avanço das tecnologias de reconhecimento facial mencionadas por Marcelo Paz, o Fortaleza pretende intensificar a segurança nos estádios e coibir a entrada de torcedores envolvidos em atos violentos. A expectativa é que medidas mais rígidas, aliadas a parcerias com as autoridades, ajudem a garantir um ambiente mais seguro para as famílias que frequentam os jogos.
Enquanto isso, a equipe celebra a vitória no campo, mas com a sombra dos incidentes extracampo afetando o clima de comemoração.
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