Os criminosos responsáveis pela morte do policial penal Wendesom Rodrigues de Lima, de 37 anos, planejavam explodir a Ala de Segurança Máxima da Unidade Prisional Itaitinga 03, na Região Metropolitana de Fortaleza, para resgatar presos. A informação consta no inquérito policial que investiga o crime.
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Na noite de quinta-feira (30), três suspeitos foram mortos em confronto com a Polícia Militar na comunidade do Oitão Preto, no Bairro Moura Brasil, em Fortaleza. A identidade oficial dos mortos não foi divulgada, mas, segundo apuração do GCMais, trata-se de dois homens e uma mulher. Outros quatro suspeitos já haviam sido presos entre terça (28) e quarta-feira (29) em diferentes bairros da capital cearense.
Plano de resgate e explosão do presídio
A investigação revelou que integrantes da facção criminosa Comando Vermelho formaram um “consórcio” entre faccionados do Ceará e do Pará para executar o resgate. O grupo contava com cerca de 25 homens e pretendia utilizar entre 15 e 20 fuzis para explodir a unidade prisional. Criminosos do Pará estavam se deslocando gradualmente para o Ceará, e o plano só não foi executado antes porque ainda era aguardada a chegada de um especialista em explosivos.
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A Coordenadoria de Inteligência da Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização do Ceará recebeu informações sobre o esquema e iniciou uma operação de monitoramento. Como parte da ação, Wendesom Rodrigues e outro agente fizeram campana em uma viatura descaracterizada em frente a uma pousada próxima à Avenida Monsenhor Tabosa, onde os criminosos estavam escondidos.
No entanto, os agentes foram surpreendidos pelos criminosos, que atacaram o veículo a tiros. Wendesom foi baleado, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. O outro policial penal, que estava no banco de trás, saiu ileso e conseguiu reagir, baleando um dos atiradores, que fugiu com os comparsas, mas foi capturado no dia seguinte.
A polícia acredita que os criminosos envolvidos no ataque ao policial penal eram Wellison Gonçalves da Silva (“Pica-Pau” ou “Matheus”), James Heyller Gola Souza (“Lorim Dinamite”) e Will Pessoa da Silva (“Davi”). Will, natural do Pará, foi o suspeito baleado pelo agente que reagiu. Ele foi atingido por três disparos – no peito, axila e perna – e preso no dia seguinte em um flat no Bairro Mucuripe.
Em depoimento, James Heyller afirmou que, após o crime, levou Will para a comunidade Oitão Preto, onde ele recebeu atendimento de uma enfermeira local antes de fugir em uma moto. Com as prisões e o confronto que resultou na morte de três suspeitos, além da apreensão de armas, drogas e munições, a polícia considera o caso elucidado.
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