Porta-voz citou que não há água e eletricidade na Faixa de Gaza
Após fala de Trump, Casa Branca diz que EUA não pagarão pela reconstrução da Faixa de Gaza
Os Estados Unidos não pagarão pela reconstrução da Faixa de Gaza, enquanto o presidente americano Donald Trump segue comprometido em eliminar o Hamas e buscar a paz duradoura na região, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, em coletiva realizada nesta quarta-feira, 5, na Casa Branca.
A porta-voz citou que não há água e eletricidade na Faixa de Gaza, afirmando que a proposta de Trump é de realocar a população do território “temporariamente” até que sejam garantidas condições habitáveis. Segundo a representante, o governo americano trabalhará com parceiros da região para buscar a paz duradoura.
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Na véspera, Trump usou o termo permanentemente sobre a possibilidade de reassentar a população de Gaza em outra região em comentários feitos no contexto do encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca. Trump afirmou ainda que pretende assumir o controle da Faixa de Gaza “por um longo período de tempo
Leavitt confirmou ainda que o presidente assinará uma ordem executiva hoje destinada a impedir que pessoas biologicamente designadas como homens ao nascer participem de eventos esportivos femininos ou femininos.
A ordem a ser assinada marca outra mudança agressiva do segundo governo do presidente republicano na forma como o governo federal lida com pessoas transgênero e seus direitos.
Trump propõe que EUA passem a controlar Gaza
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a intenção de os Estados Unidos passarem a controlar Gaza, defendendo ainda a expulsão de palestinos da região para outros países. As declarações foram feitas durante uma coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Na ocasião, Trump afirmou que os Estados Unidos seriam “os donos” da região e se comprometeriam a transformá-la em uma “Riviera do Oriente Médio”. A proposta do presidente norte-americano inclui a demolição de escombros, a neutralização de explosivos não detonados e a criação de um polo econômico para atrair investimentos e turistas.
O presidente norte-americano destacou que o objetivo seria desenvolver Gaza em “um local seguro e próspero”, embora não tenha detalhado como isso seria implementado. Ele também mencionou a possibilidade de enviar tropas americanas para “garantir a estabilidade” na área.
A reação internacional foi imediata e negativa. Países do Oriente Médio, incluindo Arábia Saudita, Egito e Jordânia, condenaram a proposta, reafirmando o direito dos palestinos à autodeterminação e à criação de um Estado independente. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, classificou o plano como uma forma de “limpeza étnica”, enquanto políticos da oposição nos EUA criticaram as declarações do mandatário como “ofensivas” e “perigosas”.
Além das reações no Oriente Médio, a proposta foi criticada globalmente. A Rússia e a China expressaram sua desaprovação, enquanto organizações de direitos humanos, como a Anistia Internacional, alertaram que a ideia poderia ser vista como uma forma de limpeza étnica. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, elogiou a proposta.
Os críticos alertam que a ideia de realocar os 2,2 milhões de habitantes da região em outros países não apenas ignora os direitos dos palestinos, mas também pode exacerbar as tensões já existentes na região.
Além disso, o presidente anunciou a retirada dos Estados Unidos do Conselho de Direitos Humanos da ONU e suspendeu o financiamento para uma agência da ONU dedicada aos palestinos.
Lula comenta fala de Trump sobre Gaza
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quarta-feira, 5, o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, e disse que sua declaração sobre a Faixa de Gaza é “praticamente incompreensível para qualquer ser humano”.
Trump disse, em entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que pretende assumir o controle de Gaza. “Assumiremos o controle, será nossa”, disse na terça-feira, 4, o presidente dos EUA.
Lula deu entrevista às rádios Itatiaia, Mundo Melhor e BandNewsFM BH, de Minas Gerais, na manhã desta quarta. O presidente brasileiro disse que, atualmente, “quanto mais coisas difíceis você falar, mais você tem destaque na mídia mundial”.
“Os EUA participaram do incentivo de tudo o que Israel fez na Faixa de Gaza. Então não faz sentido o presidente dos EUA dizer que vai ocupar Gaza. E os palestinos vão para onde? Onde vão viver? É praticamente incompreensível por qualquer ser humano. As pessoas precisam parar de falar aquilo que vêm à cabeça e falem o que é razoável”, declarou.
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