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Presidente do Panamá diz que acordo com EUA sobre Canal é ‘absoluta falsidade’

Presidente do Panamá

Foto: Reprodução

O presidente do Panamá, José Mulino, negou que seu governo tenha fechado um acordo com os Estados Unidos autorizando navios de guerra norte-americanos a transitarem pelo Canal do Panamá sem pagar taxas. Segundo Mulino, a informação de que haveria passagem livre para embarcações do governo norte-americano pelo Canal é uma “absoluta falsidade”.

A declaração do presidente panamenho ocorre após publicações no X, feitas pelo Departamento de Estado dos EUA na quarta-feira, afirmando que “as embarcações do governo dos EUA agora podem transitar pelo Canal do Panamá sem pagar taxas, economizando milhões de dólares por ano para o governo dos EUA.”

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“Rejeito completamente essa declaração de ontem”, afirmou Mulino em coletiva de imprensa, acrescentando que orientou o embaixador do Panamá em Washington a adotar “medidas firmes” para contestar a afirmação do órgão norte-americano.

Presidente do Panamá diz que acordo com EUA sobre Canal é ‘absoluta falsidade’

Em nota, a presidência do Panamá, entretanto, deixou claro que o país está aberto a discutir acordos com os norte-americanos sobre o tema.

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Recentemente, Marco Rubio, chefe do Departamento de Estado dos EUA, visitou o Panamá para se reunir com Mulino.

O enviado de Donald Trump levou uma mensagem do presidente norte-americano, destacando que a crescente influência da China sobre o Canal era “inaceitável”.

Entenda

A Autoridade do Canal do Panamá rejeitou, na quarta-feira (5), a alegação do Departamento de Estado dos Estados Unidos de que embarcações do governo americano poderiam cruzar o canal sem pagar taxas. A negativa deve aumentar as tensões entre os dois países, especialmente após o ex-presidente Donald Trump ameaçar retomar o controle da travessia.

A autoridade panamenha, que opera de forma autônoma sob supervisão do governo do país, afirmou em nota oficial que não houve nenhuma mudança na cobrança de taxas ou direitos de passagem. A declaração foi uma resposta direta às alegações feitas por Washington.

Mais cedo, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que o Panamá havia concordado em isentar embarcações do governo americano das taxas de travessia, o que representaria uma economia de milhões de dólares anuais para os Estados Unidos.

“Com total responsabilidade, a Autoridade do Canal do Panamá está disposta a estabelecer um diálogo com autoridades relevantes dos EUA sobre o trânsito de embarcações de guerra do referido país”, declarou a entidade panamenha.

O Canal do Panamá tornou-se um ponto de conflito na política externa da administração de Donald Trump, que acusou o país centro-americano de cobrar valores excessivos pelo uso da passagem comercial — uma das mais importantes do mundo.

No mês passado, Trump chegou a sugerir que os EUA poderiam exigir o controle do canal caso o Panamá não adotasse uma postura mais flexível.

“Se os princípios, tanto morais quanto legais, deste gesto magnânimo de doação não forem seguidos, então exigiremos que o Canal do Panamá seja devolvido a nós, integralmente e sem questionamentos”, afirmou Trump.

Além disso, o ex-presidente tem repetidamente alegado que o Panamá teria cedido o controle do canal para a China, algo que tanto o governo panamenho quanto o chinês negam.

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