A queda do dolár acompanha um movimento de ajustes tanto no Brasil quanto no exterior, revertendo a tendência de alta observada anteriormente e apresentado desvalorização frente ao real em 2025. Essa desvalorização é influenciada por fatores tanto externos quanto internos, que afetam o comportamento da moeda americana no Brasil e em outros mercados emergentes. Nesta quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025, o dólar à vista fechou em baixa de 0,62%, cotado a R$5,7615, o menor valor desde novembro do passado quando fechou em R$5,7484.
Fatores externos para a queda do dólar
Eleição de Donald Trump: A eleição de Donald Trump é apontada como um dos principais fatores externos que contribuem para a desvalorização do dólar. O receio dos mercados globais em relação a uma possível política protecionista nos Estados Unidos, com tarifas elevadas sobre produtos estrangeiros, gerou a expectativa de aumento da inflação e elevação das taxas de juros nos EUA, tornando o mercado americano mais atrativo. No entanto, a postura de Trump em relação às tarifas tem sido vista como uma ferramenta de barganha, com recuos em algumas decisões após negociações.
Taxa de juros nos EUA: A manutenção da taxa de juros pelo Federal Reserve (FED) também influencia a desvalorização do dólar, sugerindo que os impactos da política inflacionária de Trump não serão imediatos.
Guerra na Ucrânia: A guerra entre Rússia e Ucrânia impactou o mercado, com o fechamento das fronteiras por esses exportadores, o que elevou os preços dos insumos. O aumento dos preços das commodities resulta em mais dólares entrando no Brasil, valorizando a moeda brasileira.
Valorização do dólar no mundo: De acordo com a BBC, o movimento de valorização do dólar e desvalorização das demais moedas é mundial. Após a pandemia, o banco central americano elevou os juros básicos de sua economia, para controlar um surto de inflação no país. Essa alta de juros americanos atrai capital do mundo todo.
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Fatores Internos para a queda do dólar
Desvalorização do Real em 2024: A expressiva perda de valor do real em 2024, quando ultrapassou a marca de R$ 6, contribui para o cenário atual de queda do dólar. Os ativos brasileiros tornaram-se mais atraentes para investidores, aumentando o fluxo de dólares para o país.
Política fiscal: O mercado financeiro demonstra preocupação em relação à política fiscal do governo. O déficit primário de 0,1% do PIB em 2024 é visto com ressalvas pelo mercado, que cobra mais confiança por parte do governo.
Diminuição da percepção de risco: A queda na popularidade do presidente Lula foi interpretada como um fator positivo para o país pelo mercado financeiro, impulsionando a valorização do real.
Banco Central: A mudança na presidência do Banco Central gerou preocupação no mercado em 2024. A nomeação de Gabriel Galípolo, que já atuou no Ministério da Fazenda, causou desconfiança. No entanto, a decisão de aumentar a taxa básica de juros foi vista como um sinal de independência do novo presidente do BC em relação ao governo, contribuindo para a redução da percepção de risco.
Aumento da Taxa Selic: O aumento da taxa Selic no Brasil tem sido crucial para a valorização do real, tornando o país mais visado por investidores estrangeiros.
Commodities: O aumento dos preços das commodities, impulsionado pela normalização da pandemia, também contribui para a valorização do real.
Reação exagerada do Mercado: A queda do dólar está relacionada à reação exagerada do mercado no fim do ano anterior. O real sofreu demais, e houve um movimento em que se perdeu a referência, porque o mercado estava muito estressado em meio à decepção com o pacote fiscal. Os juros também estavam sem referência, e havia dúvidas no cenário externo quanto a Trump.
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Outras influências para a queda do dólar
Juros altos: Juros altos, força das commodities, bolsa barata e saída de investimentos da Rússia ajudam a explicar a queda da moeda americana.
Mercado precificando riscos: Essa queda também é resultado de uma correção de um mercado que vinha precificando riscos um pouco acima do normal.
É importante ressaltar que a dinâmica do câmbio é complexa e influenciada por diversos fatores econômicos e políticos, o que dificulta a previsão de seus próximos movimentos.
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