No primeiro voo da nova era Trump os deportados chegaram ao Brasil ainda algemados durante uma conexão em Manaus.
Após parada em Fortaleza, parte de deportados dos EUA chega a Belo Horizonte
Na noite de sexta-feira (7), o segundo voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos desde o início do mandato de Donald Trump chegou ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Região Metropolitana. O voo, que decolou de Fortaleza pouco antes das 19h, trouxe 88 deportados com destino à capital mineira. Ao contrário do voo anterior, os passageiros desembarcaram sem algemas, uma medida que foi tomada após polêmicas envolvendo o primeiro voo de deportados.
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No primeiro voo da nova era Trump, realizado no dia 25 de janeiro, os deportados chegaram ao Brasil ainda algemados durante uma conexão em Manaus. A situação gerou repercussão negativa, e, para minimizar os transtornos no segundo voo, o governo brasileiro decidiu que os deportados fariam uma parada técnica em Fortaleza, uma das cidades mais próximas dos Estados Unidos, a fim de reduzir o tempo de algemamento durante a viagem. A medida visou garantir que os deportados enfrentassem menos tempo em condições adversas a bordo.
Apesar das melhorias no tratamento, uma situação crítica foi relatada pelos passageiros: eles passaram 12 horas sem comida durante o voo, o que gerou insatisfação com as condições oferecidas pelos Estados Unidos. A Secretária de Direitos Humanos do Ceará, Socorro França, comentou sobre as condições do voo, mencionando que os deportados viajaram com algemas nas mãos e pés, que foram retiradas somente ao pousarem em solo brasileiro.
Apoio do governo brasileiro
Após o desembarque, os deportados receberam apoio do governo brasileiro. A Fecomércio, responsável pelo Sistema S, anunciou que oferecerá transporte, alimentação e hospedagem aos deportados na unidade do Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte, por um período de 10 dias. Além disso, os deportados terão acesso a capacitação profissional, visando facilitar a reintegração ao Brasil.
Repercussão e medidas em resposta ao tratamento
O uso de algemas em deportados tem sido uma prática recorrente nos voos fretados pelos Estados Unidos, mas o governo brasileiro tem se posicionado contra essa prática, considerando-a degradante. No caso do voo de 25 de janeiro, a situação foi particularmente tensa, com um desentendimento entre os deportados e a tripulação, que resultou em um incidente no qual os passageiros abriram uma porta de emergência. Eles desembarcaram algemados, o que gerou protestos das autoridades brasileiras.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou que as algemas fossem retiradas e solicitou que os deportados fossem levados a Belo Horizonte em um voo da FAB. O Itamaraty também se manifestou sobre a questão e afirmou que cobraria do governo dos Estados Unidos explicações sobre o tratamento considerado “degradante” dos imigrantes.
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