88 PASSAGEIROS

Após parada em Fortaleza, parte de deportados dos EUA chega a Belo Horizonte

No primeiro voo da nova era Trump os deportados chegaram ao Brasil ainda algemados durante uma conexão em Manaus.

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7 de fevereiro de 2025
Portal GCMAIS

Na noite de sexta-feira (7), o segundo voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos desde o início do mandato de Donald Trump chegou ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Região Metropolitana. O voo, que decolou de Fortaleza pouco antes das 19h, trouxe 88 deportados com destino à capital mineira. Ao contrário do voo anterior, os passageiros desembarcaram sem algemas, uma medida que foi tomada após polêmicas envolvendo o primeiro voo de deportados.

Após parada em Fortaleza, parte de deportados dos EUA chega a Belo Horizonte
Foto: Reprodução/Reuters

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Ao todo, 111 brasileiros foram deportados dos Estados Unidos nesta sexta-feira, sendo que 88 seguiram de Fortaleza para Belo Horizonte e o restante foi encaminhado para outros destinos. Este segundo voo foi fretado pela Força Aérea Brasileira (FAB), uma tentativa do governo brasileiro de melhorar as condições enfrentadas pelos deportados no transporte. Os passageiros que desembarcaram em Belo Horizonte agradecem pela recepção que receberam, afirmando que foram bem tratados pelo governo brasileiro. Eles receberam kits de higiene e lanches durante o trajeto, uma melhoria significativa em relação ao primeiro voo.
O trajeto e as melhorias nas condições de viagem

No primeiro voo da nova era Trump, realizado no dia 25 de janeiro, os deportados chegaram ao Brasil ainda algemados durante uma conexão em Manaus. A situação gerou repercussão negativa, e, para minimizar os transtornos no segundo voo, o governo brasileiro decidiu que os deportados fariam uma parada técnica em Fortaleza, uma das cidades mais próximas dos Estados Unidos, a fim de reduzir o tempo de algemamento durante a viagem. A medida visou garantir que os deportados enfrentassem menos tempo em condições adversas a bordo.

Apesar das melhorias no tratamento, uma situação crítica foi relatada pelos passageiros: eles passaram 12 horas sem comida durante o voo, o que gerou insatisfação com as condições oferecidas pelos Estados Unidos. A Secretária de Direitos Humanos do Ceará, Socorro França, comentou sobre as condições do voo, mencionando que os deportados viajaram com algemas nas mãos e pés, que foram retiradas somente ao pousarem em solo brasileiro.

Apoio do governo brasileiro

Após o desembarque, os deportados receberam apoio do governo brasileiro. A Fecomércio, responsável pelo Sistema S, anunciou que oferecerá transporte, alimentação e hospedagem aos deportados na unidade do Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte, por um período de 10 dias. Além disso, os deportados terão acesso a capacitação profissional, visando facilitar a reintegração ao Brasil.

Repercussão e medidas em resposta ao tratamento

O uso de algemas em deportados tem sido uma prática recorrente nos voos fretados pelos Estados Unidos, mas o governo brasileiro tem se posicionado contra essa prática, considerando-a degradante. No caso do voo de 25 de janeiro, a situação foi particularmente tensa, com um desentendimento entre os deportados e a tripulação, que resultou em um incidente no qual os passageiros abriram uma porta de emergência. Eles desembarcaram algemados, o que gerou protestos das autoridades brasileiras.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou que as algemas fossem retiradas e solicitou que os deportados fossem levados a Belo Horizonte em um voo da FAB. O Itamaraty também se manifestou sobre a questão e afirmou que cobraria do governo dos Estados Unidos explicações sobre o tratamento considerado “degradante” dos imigrantes.

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