O voo partiu de Alexandria, na Louisiana, com uma escala técnica em Porto Rico, antes de seguir diretamente para a capital cearense.
Brasileiros deportados dos EUA chegaram a Fortaleza algemados e não tiveram alimentação durante voo, afirma secretária
Na tarde desta sexta-feira (7), um voo com 111 brasileiros deportados dos Estados Unidos pousou no Aeroporto Internacional de Fortaleza, trazendo uma carga emocional e humanitária de grande impacto. Além de serem transportados algemados, tanto nas mãos quanto nos pés, os deportados relataram dificuldades durante o trajeto, incluindo a falta de alimentação durante o voo, o que foi confirmado pela secretária da Diversidade do Ceará, Mitchelle Benevides Meira. Ainda segundo ela, os passageiros desembarcaram algemados, mas as algemas foram retiradas assim que a aeronave aterrissou em solo brasileiro.
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O voo partiu de Alexandria, na Louisiana, com uma escala técnica em Porto Rico, antes de seguir diretamente para a capital cearense. Ao desembarcarem, os deportados foram recebidos sem algemas, em cumprimento ao direito dos cidadãos brasileiros no território nacional. O governo do Ceará, através das secretarias de Diversidade e de Direitos Humanos, se empenhou para proporcionar o melhor acolhimento possível, garantindo assistência médica e social aos repatriados, especialmente às crianças e famílias.
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Mitchelle Benevides Meira explicou que, apesar do acolhimento imediato em solo brasileiro, os deportados enfrentaram uma situação delicada durante o voo, sem acesso a alimentos, o que causou desconforto e preocupação entre os passageiros. “Foi uma situação difícil para todos, principalmente para as crianças. Embora o governo tenha preparado toda a logística de apoio para a chegada deles, sabemos que o voo não teve as condições ideais, incluindo a alimentação”, afirmou a secretária.
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A situação dos deportados foi ainda mais delicada devido ao regime de segurança adotado pelos EUA, que transportaram os passageiros algemados e sem acesso a serviços básicos, como refeições. Isso ocorreu em meio a uma política de deportação mais rigorosa do governo de Donald Trump, que resultou em repatriações forçadas, com destinos no Brasil, em condições que não garantem o bem-estar dos deportados.
De acordo com a secretária de Direitos Humanos do Ceará, Socorro França, os passageiros desembarcaram algemados, mas as algemas foram retiradas assim que a aeronave aterrissou. Ela detalhou que, entre os 111 deportados, havia tanto adultos quanto crianças, que receberam atenção especial para garantir que não estivessem em condições de vulnerabilidade, sendo imediatamente encaminhados para um atendimento humanitário.
Acolhimento e assistência
Uma das principais prioridades do governo estadual foi garantir que os deportados tivessem um acolhimento digno. Equipes da Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria da Diversidade, Ministério da Saúde e da Polícia Federal estavam presentes no aeroporto para auxiliar no processo de recepção e triagem. A logística para o transporte dos deportados para outras localidades, como Belo Horizonte, também foi organizada rapidamente, com a Força Aérea Brasileira (FAB) realizando o deslocamento até o Aeroporto de Confins.
O acolhimento incluiu a oferta de medicamentos, cuidados com as crianças e um suporte emocional necessário para que os deportados se reestabelecessem, após a experiência traumática de serem retirados de suas casas nos EUA.
Dificuldades e preocupações no voo
Apesar do apoio dado ao longo do trajeto até o Brasil, a principal reclamação dos deportados foi a falta de alimentação adequada durante o voo. Muitos relataram que ficaram sem comida por horas, o que agravou ainda mais as condições do deslocamento. Esse problema foi amplamente discutido pela Secretaria da Diversidade, que garantiu que a situação seria abordada com as autoridades federais para evitar que se repita em futuros voos.
Além da alimentação, a falta de informação sobre os processos legais que envolvem a deportação e a ausência de um acompanhamento constante também foram mencionadas como dificuldades enfrentadas pelos deportados. O governo cearense, no entanto, destacou que, desde a chegada ao Brasil, a situação foi contornada com agilidade, e todos os deportados receberam o suporte necessário.
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