Márcio Louzada Carpena, um advogado de 49 anos, foi uma das vítimas fatais do avião que caiu hoje (07/02), na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Ele era natural de Porto Alegre, casado e pai de três filhos. No acidente, o piloto e copiloto também faleceram, e outras pessoas ficaram feridas.

Quem era Márcio Louzada Carpena?

Carpena era sócio do escritório Carpena Advogados Associados, especializado em contencioso civil com atuação em todo o país. Ele tinha inscrição na OAB do Rio Grande do Sul e registros suplementares em outros oito estados e no Distrito Federal.

Ele se formou em Ciências Jurídicas e Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) em 1999, e, em 2003, obteve o título de mestre em Direito Processual Civil pela mesma instituição. Desde 2002, Carpena lecionava na Faculdade de Direito da PUCRS e também era docente vinculado à Escola da Magistratura (Ajuris).

Segundo o site profissional, além de professor e advogado, ele atuou como palestrante em congressos, seminários e colóquios de Direito no Brasil e no exterior. Nas redes sociais, Carpena se descrevia como alguém que “ajuda e motiva pessoas a verem o mundo de uma forma diferente” e que estava “em busca de auxiliar na construção de uma sociedade mais doce, verdadeira e próspera”. Ele costumava compartilhar fotos de suas viagens aéreas.

A aeronave envolvida no acidente era um King Air F90, fabricado pela Beechcraft, com capacidade para oito pessoas. O avião, de propriedade de Márcio Louzada Carpena, decolou do Aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, e caiu na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda. O advogado havia publicado um vídeo no Instagram cerca de uma hora antes do acidente, informando que estava decolando de São Paulo com destino a Porto Alegre.

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A Ordem dos Advogados do Rio Grande do Sul (OAB/RS) lamentou a morte de Carpena em nota, expressando condolências aos familiares, amigos, alunos e colegas. Leonardo Lamachia, presidente da OAB gaúcha, manifestou tristeza pela perda do “louvável advogado Márcio Carpena, que desenvolveu uma grande trajetória na advocacia”.

Taíla Teloeken, sócia de Carpena, descreveu-o como uma pessoa querida, de boa conversa e dedicada ao trabalho. Ela mencionou que o avião havia sido comprado no final do ano anterior e era utilizado pelo escritório para viagens de negócios. Teloeken destacou que Carpena era um advogado que gostava de fazer negócios e estar próximo aos clientes, buscando sempre a excelência.

O piloto que também faleceu no acidente foi identificado como Gustavo Carneiro Medeiros. Ele era formado em Administração e Ciências Aeronáuticas pela PUC-RS e possuía experiência na área de aviação.

O avião King Air F90 é conhecido por ser utilizado em serviços de táxi aéreo e viagens interestaduais de curta e média distância, com capacidade de decolar e pousar em pistas curtas. A aeronave de Carpena, fabricada em 1981, foi adquirida em dezembro de 2024.

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Sobre o avião que caiu hoje em São Paulo

Na manhã de 7 de fevereiro de 2025, um trágico acidente aéreo ocorreu na movimentada Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Um avião de pequeno porte, modelo King Air bimotor, caiu por volta das 7h20, logo após decolar do Aeroporto Campo de Marte. A torre de controle perdeu contato com a aeronave às 7h16, poucos minutos após a decolagem.

O avião, ao tentar realizar um pouso de emergência, atingiu o solo próximo ao número 2154 da avenida, arrastando-se pela via e colidindo com a traseira de um ônibus. A colisão resultou em uma explosão, seguida de um intenso incêndio que consumiu tanto a aeronave quanto o ônibus.

Duas pessoas que estavam a bordo do avião morreram carbonizadas. Os corpos foram encontrados nos destroços da aeronave. Além das vítimas fatais, o acidente deixou seis pessoas feridas. Entre os feridos, estavam um motociclista e passageiros que aguardavam em um ponto de ônibus. As vítimas foram prontamente socorridas e encaminhadas para diferentes unidades de saúde da região, incluindo a UPA Santana, Santa Casa, Intermédica Barra Funda e UR Vila Penteado.

Testemunhas relataram que o avião tentou um pouso de emergência na avenida, arrastando-se pela via, derrubando árvores e placas de sinalização antes de atingir o ônibus. O impacto da colisão e a subsequente explosão geraram pânico e comoção entre os presentes. Uma grande nuvem de fumaça preta podia ser vista à distância, alertando sobre a gravidade do ocorrido.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para controlar as chamas que consumiam o avião e o ônibus. Equipes da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Técnico-Científica também foram mobilizadas para prestar apoio na ocorrência. A Avenida Marquês de São Vicente foi interditada para facilitar o trabalho das equipes de resgate e investigação.

A Força Aérea Brasileira (FAB) designou investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV) para apurar as causas do acidente e prevenir novas ocorrências. A Polícia Civil também instaurou um inquérito para investigar as responsabilidades pelo ocorrido.

O ônibus atingido pela aeronave fazia a linha 8500 (Terminal Pirituba-Metrô Barra Funda). No momento do impacto, o ônibus estava parado em um ponto, realizando o embarque e desembarque de passageiros. O motorista do ônibus, apesar de não ter sofrido ferimentos físicos, foi encaminhado para atendimento médico devido ao estado de choque.

O avião, modelo King Air F90, tinha capacidade para transportar até oito passageiros. A aeronave estava registrada em nome da empresa Máxima Inteligência Operações Estruturadas e Empreendimentos Ltda. Um dos sócios da empresa, Márcio Louzada Carpena, havia publicado imagens do avião em suas redes sociais momentos antes da decolagem. A aeronave tinha como destino a cidade de Porto Alegre.

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