JANEIRO

Golpes com Pix e valores a receber envolvem mais de 1700 anúncios falsos nas redes sociais

Conteúdos fraudulentos foram impulsionados por 151 anunciantes e redirecionaram usuários para 85 sites falsos

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8 de fevereiro de 2025
Luciano Augusto

Um total de 1770 anúncios falsos envolvendo golpes sobre Pix e valores à receber circularam nas redes sociais da Meta (Instagram e Facebook) entre os dias 10 e 21 de janeiro. Os dados são de um levantamento do NetLab, laboratório de pesquisa da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os conteúdos fraudulentos foram impulsionados por 151 anunciantes e redirecionaram usuários para 85 sites falsos.

Golpes com Pix e valores a receber envolvem mais de 1700 anúncios falsos nas redes sociais
Foto: Geraldo Bubniak / AEN

Golpes Pix com inteligência artificial

A maioria das postagens pagas utilizou técnicas de inteligência artificial e, em alguns casos, deepfakes — imagens e vídeos manipulados digitalmente — de políticos como o deputado federal Nikolas Ferreira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O objetivo era dar credibilidade aos golpes e atrair mais vítimas.

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Aumento após revogação da normativa sobre Pix

Os criminosos exploraram a confusão gerada em torno da normativa que previa o envio de informações sobre transações via Pix para a Receita Federal. A regra, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro, foi revogada pelo governo no dia 15. O estudo revelou que o número de anúncios falsos disparou após essa revogação: entre os dias 10 e 15 de janeiro, foram identificados 752 anúncios fraudulentos. Já entre os dias 16 e 21, o total subiu para 1.018, representando um aumento de 35,4%.

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Falsas promessas e páginas clonadas

Os golpistas utilizaram mensagens enganosas para atrair vítimas, abordando supostas mudanças nas regras do Pix e simulando plataformas oficiais do governo. Segundo a pesquisa, quatro em cada dez anúncios eram feitos por páginas que se passavam por órgãos federais.

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Falta de transparência na segmentação de vítimas

O relatório do NetLab aponta que ainda não está claro se os anúncios fraudulentos usaram critérios abusivos ou discriminatórios para atingir usuários vulneráveis. Isso ocorre porque a Meta não forneceu a transparência necessária para uma análise aprofundada.

Diante do crescimento desse tipo de golpe, especialistas alertam para a importância de verificar informações em canais oficiais e desconfiar de anúncios que oferecem promessas financeiras fora do comum.

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