Após ser algemado e levado para o 8º Distrito Policial, Antônio Lício foi liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO)
Influenciador tenta quebrar a própria moto durante blitz e acaba preso
Na segunda-feira, 3 de fevereiro, o influenciador digital Antônio Lício, natural de Fortaleza, foi preso durante uma blitz realizada no Bairro Mondubim, em Fortaleza. O episódio, que rapidamente se espalhou nas redes sociais, gerou discussões e divergências sobre a abordagem, com o vídeo gravado pela esposa do influenciador, Beatriz Miranda, mostrando os momentos que antecederam a prisão.

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O caso começou quando a motocicleta em que Antônio Lício estava foi abordada por uma equipe da Polícia Militar. De acordo com a PM, o veículo apresentava pendências administrativas, especificamente falta de licenciamento dos anos de 2022, 2023 e 2024. Além disso, a motocicleta estava com o licenciamento atrasado em um único dia, conforme relatado por Beatriz Miranda, esposa do influenciador, que também gravou o ocorrido.
A abordagem gerou uma cena tensa, registrada em vídeo pela esposa de Lício. As imagens mostram o influenciador aparentemente tentando danificar o veículo após a apreensão da moto, o que levou a polícia a reagir com força. Segundo a Polícia Militar, Antônio Lício manifestou resistência à ordem de remoção do veículo e, durante a intervenção, tentou quebrar partes da motocicleta, como o farol, as carenagens e o sistema de ignição.
“Ele começou a quebrar a motocicleta, danificando o veículo. Mesmo após ser advertido a se afastar, continuou com a atitude agressiva”, afirmou a polícia em nota oficial. Diante disso, a PM teria aplicado um golpe de “mata-leão” para imobilizar o influenciador, que, em seguida, foi algemado e preso por resistência.
Influenciador tenta quebrar a própria moto durante blitz e acaba preso
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Beatriz Miranda, esposa do influenciador, contestou a versão dada pela Polícia Militar e, em sua gravação, afirmou que o licenciamento da moto estava apenas um dia atrasado, e não com pendências dos anos anteriores, como a PM afirmou. Ela também frisou que o marido não demonstrou resistência violenta, como alegado pelos policiais. Em seu depoimento, a esposa de Antônio Lício afirmou que o influenciador ficou “desesperado” durante a abordagem e que não houve motivo para a aplicação do golpe de mata-leão, descrevendo o procedimento como desnecessário.
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“Ele estava apenas indignado por ter a moto apreendida por algo que era tão pequeno. Ele lutou muito para conquistar o que tem hoje, inclusive com muito esforço como servente de pedreiro”, declarou Beatriz nas redes sociais.
Após ser algemado e levado para o 8º Distrito Policial, Antônio Lício foi liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). O TCO é utilizado para casos em que o acusado não é preso de forma preventiva, mas se compromete a comparecer à Justiça posteriormente para esclarecer os fatos.
A motocicleta foi removida para o pátio da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), devido à falta de regularização do licenciamento.
O caso gerou repercussão nas redes sociais, principalmente nas plataformas onde Antônio Lício possui seguidores. Diversos internautas expressaram sua opinião sobre a abordagem policial, dividindo-se entre quem apoiava a ação da PM, considerando a resistência do influenciador, e quem criticava a agressividade da abordagem, questionando o uso do golpe de mata-leão.
Em sua nota oficial, a Polícia Militar reafirmou que a prisão foi realizada devido à resistência do influenciador à ação dos policiais, destacando que o dano à motocicleta foi o fator determinante para a ação. A corporação enfatizou a necessidade de garantir a ordem pública e a segurança no trânsito, especialmente quando há resistência ao cumprimento de normas e procedimentos legais.
O caso envolvendo o influenciador Antônio Lício levanta questões sobre o uso da força pela polícia em abordagens de trânsito e sobre a linha tênue entre resistência e confronto. Embora o influenciador tenha sido liberado após assinar o TCO, a discussão sobre os limites das abordagens policiais e os direitos dos cidadãos continua em debate, especialmente com o poder das redes sociais amplificando diferentes versões dos acontecimentos.
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