O “Domo de Araguainha”, a maior cratera deixada por um asteroide na América do Sul, pode se tornar o 4º parque ecológico do Brasil, segundo recomendação do Ministério Público Federal (MPF). Atualmente, a região passa por estudos para catalogar os geossítios que deverão compor a futura unidade de conservação.

A análise está sendo conduzida pelo Ministério das Minas e Energia (MME), por meio do Serviço Geológico do Brasil (SGB). A previsão é que um relatório preliminar seja concluído até março deste ano, com a versão final prevista para maio. Esses levantamentos serão essenciais para a composição do mapa do patrimônio geológico do Domínio Serra Geral, uma formação rochosa de elevadas altitudes localizada entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, cujo estudo deve ser finalizado até o final de 2025.

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As entidades envolvidas esperam que a criação do parque ecológico contribua para a preservação ambiental da região, o fomento à cultura e ao turismo local, bem como o desenvolvimento de atividades educacionais sobre a flora e o solo.

Domo de Araguainha, a maior cratera de asteroide da América do Sul

Descoberto em 1973 pelos pesquisadores da NASA Robert Dietz e Bevan French, o “Domo de Araguainha” é considerado um dos 100 principais sítios geológicos do mundo pela International Union of Geological Sciences (IUGS). Ele está localizado entre cidades de dois estados brasileiros: em Goiás, abrangendo os municípios de Doverlândia, Mineiros e Santa Rita do Araguaia, e no Mato Grosso, incluindo Ponte Branca, Araguainha e Alto Araguaia.

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A cratera cobre uma área aproximada de 1.300 km², com 40 km de diâmetro. Segundo estimativas da IUGS, o Domo foi formado pelo impacto de um asteroide com o solo terrestre há aproximadamente 250 milhões de anos.

Além da proposta de criação do Geoparque Astroblema de Araguainha, o MPF também avalia os possíveis impactos socioambientais decorrentes da implantação da rodovia estadual MT-100, que pode afetar a região central do Domo.

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