AOS 84 ANOS

Artistas expressam luto após morte do cineasta Cacá Diegues

Ao longo da carreira, Cacá Diegues dirigiu mais de 20 longas-metragens aclamados, incluindo clássicos como “Xica da Silva” (1976) e “Bye Bye Brasil” (1980)

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14 de fevereiro de 2025
Portal GCMAIS

Artistas vieram a público lamentar a morte do cineasta Cacá Diegues, informada na manhã desta sexta-feira (14). Ele faleceu durante a madrugada, aos 84 anos, no Rio de Janeiro, em decorrência de complicações após um procedimento cirúrgico. A informação foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras (ABL).

Artistas expressam luto após morte do cineasta Cacá Diegues
Foto: Divulgação / TV Brasil

O ator Tony Ramos se disse “chocado” ao receber a notícia. “Esse grande diretor, essa história viva presente da cultura brasileira, que fez do cinema a sua luta constante. Mas vamos lembrar principalmente deste Cacá iluminado. Meus sentimentos à família e minha memória eterna sobre você, Cacá. Descanse em paz”, pontuou.

A atriz Lúcia Veríssimo falou sobre a importância da obra do artista. “‘Bye bye Brasil’ foi um marco na minha paixão pelo cinema e me abriu o Brasil profundo de forma inimaginável. Foi a partir desse filme que meu interesse em olhar esse país a partir de suas entranhas e de seus personagens, que foram retratados magistralmente pelo olhar de Cacá Diegues e na música de Chico Buarque, se solidificaram”, escreveu ela. “Perde a cultura, perde o país e perdemos nós brasileiros. Obrigada, Cacá, por tanto.”

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A atriz e cantora Neusa Borges também se pronunciou. Para ela, a morte é “uma perda irreparável” para o cinema brasileiro. “Uma pessoa com um talento incrível em criar e dirigir. Sua contribuição no cinema ficará na história para as próximas gerações.”

Gilberto Gil publicou uma mensagem breve: “descanse em paz, grande amigo imortal Cacá Diegues.”

O ator José de Abreu, por sua vez, publicou foto em grupo, em Los Angeles, com Cacá Diegues, Renata Almeida Magalhães, Afonso Beato e Vicente Amorim, na ocasião em que divulgava para a Academia “O Grande Circo Místico”. “RIP CACÁ”, escreveu ele.

Cantor e compositor Orlando Morais publicou que “Deus é brasileiro de ter permitido o nosso Cacá nascer aqui”. “A visão social do Cacá foi um aprendizado constante… Me lembro com muito amor e carinho das nossas andanças por Paris. Cacá, obrigado por ter me ensinado tanto… Grande pensador, grande ser humano, grande amigo.”

Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou publicamente a morte do cineasta Cacá Diegues, cujo falecimento foi informado na manhã desta sexta-feira (14). Para o mandatário, ele ” levou o Brasil e a cultura brasileira para as telas do cinema e conquistou a atenção de todo o mundo”.

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“Ganga Zumba, Xica da Silva, Bye, bye Brasil , e, mais, recentemente, Deus é Brasileiro mostram muito bem nossa história, nosso jeito de ser, nossa criatividade. E representam a luta de nosso cinema, que sempre se reergueu quando tentaram derrubá-lo. Meus sentimentos aos familiares, colegas e fãs do grande Cacá Diegues”, escreveu ainda.

Cacá Diegues, considerado um dos principais nomes do Cinema Novo, faleceu na madrugada desta sexta-feira (14), aos 84 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras (ABL), que informou que a morte ocorreu em decorrência de complicações após um procedimento cirúrgico.

Autoridades

Outras autoridades também expressaram pesar pela morte do artista. A Academia Brasileira de Letras (ABL), onde ele ocupava uma cadeira, publicou nota lamentando o ocorrido, destacando que ele “foi um dos grandes nomes do cinema nacional”.

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“Ajudou a fundar o movimento Cinema Novo e construiu uma filmografia marcante, com clássicos como Xica da Silva (1976) e Bye Bye Brasil (1980). Sua obra equilibrou popularidade e profundidade artística, abordando temas sociais e culturais com sensibilidade. Durante a ditadura militar, viveu no exílio, mantendo-se sempre ativo no debate sobre política, cultura e cinema”, destaca ainda a ABL.

O prefeito de Maceió, JHC (PL), também lamentou a perda do cineasta, destacando o legado dele no cinema brasileiro. “Maceió se despede de um de seus maiores filhos. Seu legado vive para sempre na tela e na história do cinema nacional”, escreveu o gestor.

Vida e carreira

Carlos José Fontes Diegues nasceu em Maceió, Alagoas, em 19 de maio de 1940, e mudou-se para o Rio de Janeiro com sua família aos seis anos. Desde cedo, ele se envolveu com o cinema, fundando um cineclube enquanto estudava na Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio). Junto a cineastas como Glauber Rocha e Leon Hirszman, Cacá foi um dos fundadores do Cinema Novo, movimento que buscava retratar a realidade brasileira com uma abordagem crítica e inovadora, especialmente durante o período da ditadura militar.

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Ao longo da carreira, Cacá Diegues dirigiu mais de 20 longas-metragens aclamados, incluindo clássicos como “Xica da Silva” (1976), “Bye Bye Brasil” (1980), “Tieta do Agreste” (1996) e “Deus é Brasileiro” (2002). Seu trabalho foi reconhecido em diversos festivais nacionais e internacionais, e ele recebeu prêmios significativos ao longo de sua trajetória.

Além de cineasta, Diegues era um intelectual engajado. Em 2018, ele foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira anteriormente ocupada por Nelson Pereira dos Santos.

Cacá deixa quatro filhos e era casado com a produtora Renata Almeida Magalhães desde 1981.

Com informações da Agência Brasil

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