MONITORAMENTO

Nasa revela países na Ásia, África e América do Sul onde asteróide pode cair em 2032

Asteróide tem 2,1% de chance de impactar a Terra em 22 de dezembro de 2032

Compartilhe:

14 de fevereiro de 2025

Paulo Martins

O asteroide 2024 YR4, recentemente detectado pelo Catalina Sky Survey Project, financiado pela NASA, tem gerado preocupação entre cientistas e autoridades espaciais. A rocha espacial, que possui cerca de 90 metros de diâmetro — tamanho equivalente à altura da Estátua da Liberdade —, foi classificada com 2,1% de chance de impactar a Terra em 22 de dezembro de 2032. Embora a probabilidade seja pequena, o impacto pode ter consequências catastróficas, com uma explosão de até oito megatons de TNT, mais de 500 vezes a energia liberada pela bomba atômica de Hiroshima.

Nasa revela países na Ásia, África e América do Sul onde asteróide pode cair em 2032

>>>Clique aqui para seguir o canal do GCMAIS no WhatsApp<<<

A trajetória do 2024 YR4 aponta para uma área de risco que abrange uma faixa estreita, que vai do norte da América do Sul até a Ásia. Países como Índia, Paquistão, Bangladesh, Etiópia, Sudão, Nigéria, Venezuela, Colômbia e Equador estão dentro dessa área potencialmente afetada. Dentre as regiões mais densamente povoadas dentro do “corredor de risco” estão cidades como Chennai, na Índia, e a Ilha de Hainan, na China. O impacto pode destruir grandes cidades, caso ocorra em uma dessas regiões.

O asteroide foi detectado em dezembro de 2023 e, desde então, tem sido monitorado de perto pela NASA e pela Agência Espacial Europeia (ESA), que consideraram a chance de colisão suficiente para incluí-lo em suas tabelas de risco. O 2024 YR4 recebeu a classificação 3 na Escala de Torino, a qual mede o perigo de colisões espaciais. Essa classificação indica que o risco de colisão é significativo, embora não represente uma ameaça iminente.

>>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<

Caso o asteroide se choque com a Terra, os efeitos poderiam ser devastadores. A energia liberada pela explosão seria equivalente à de várias bombas nucleares, o que seria capaz de comprometer fortemente infraestruturas e causar inúmeras vítimas fatais. O impacto poderia causar danos semelhantes aos observados no evento de Tunguska, na Sibéria, em 1908, quando um asteroide destruiu uma vasta área de 2.150 km², derrubando mais de 80 milhões de árvores.

A magnitude do impacto dependeria do local exato da colisão. Caso ocorra na parte final do corredor de risco, o impacto seria menos intenso, mas ainda assim causaria danos consideráveis. Regiões próximas ao ponto de colisão poderiam sofrer com destruição de infraestrutura e até mesmo perdas humanas.

A NASA e a ESA têm intensificado seus esforços para monitorar o asteroide 2024 YR4. Nos próximos meses, serão realizadas observações detalhadas, incluindo o uso do Telescópio Espacial James Webb, com o objetivo de refinar as previsões sobre o tamanho, a órbita e as chances de impacto do asteroide. Sensores infravermelhos serão usados para calcular com maior precisão o caminho do objeto e os riscos que ele representa para a Terra.

Ainda que as chances de colisão sejam pequenas, o monitoramento contínuo é fundamental para que, caso o risco se intensifique, sejam tomadas as medidas necessárias para mitigar os danos potenciais. Cientistas estão se preparando para um possível cenário de impacto, enquanto continuam as observações do 2024 YR4, a fim de fornecer mais dados sobre o risco.

O alerta do 2024 YR4 destaca a vulnerabilidade da Terra a colisões com objetos espaciais e a importância do monitoramento contínuo do céu. Enquanto o risco é considerado baixo, ele serve como um lembrete de que o impacto de asteroides é um evento real que pode ter consequências globais, exigindo atenção e preparação.

>>>Acompanhe o GCMAIS no YouTube<<<