Fortaleza registrou máxima de 98,4 milímetros de chuva entre as 7h da terça-feira (18) e 7h da manhã desta quarta-feira (19), conforme monitoramento feito pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Trata-se da maior precipitação registrada na cidade desde 15 de janeiro, mais de um mês atrás.
As chuvas têm provocado transtornos e alagamentos na capital cearense e na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), na manhã desta quarta. No Centro e em diversos outros bairros, era possível ver vias completamente tomadas pela água, dificultando a passagem de veículos e pedestres. Moradores relatam alagamentos dentro das residências.
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Segundo a Funceme, as precipitações se devem à Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que fica próxima à linha do Equador e é formada pela junção de ventos dos hemisférios Norte e Sul do planeta. Essa interação faz com que ar quente e úmido, na região equatorial, seja levantado, favorecendo a formação de nuvens.
Fortaleza registra quase 100 milímetros de chuva entre terça (18) e quarta-feira (19)
A perspectiva dos meteorologistas é de que as chuvas com intensidade forte continuem, na região de Fortaleza e Região Metropolitana, pelo menos até o fim da manhã, possivelmente acompanhadas de raios e rajadas de vento. A partir da tarde, espera-se uma diminuição da intensidade das chuvas.
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Janeiro
O Ceará registrou, em janeiro de 2025, uma média de chuvas de 193,2 milímetros, equivalente a quase o dobro da média histórica para o mês. Os dados são divulgados a partir do monitoramento feito pela Funceme.
Conforme os dados, o normal esperado para o período é de 99,8 mm, na média de chuvas para o mês, e janeiro de 2025 registrou 193,2 mm, equivalente a 93,6% a mais do que isso. Trata-se do janeiro mais chuvoso no estado desde 2011, quando foi registrada uma média de 213,3 mm.
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Quadra chuvosa
Os levantamentos da Funceme apontam que o prognóstico para a quadra chuvosa no Ceará é de 45% de chances de chuvas dentro da média para o período. A perspectiva é de que as precipitações se concentrem na região noroeste do estado.
Para além disso, há condições de existência do fenômeno La Niña. Esse fenômeno meteorológico, que diz respeito às temperaturas dos oceanos, é historicamente associado a boas chuvas no estado. O relatório da Fundação destaca que as condições são observadas no oceano Pacífico equatorial central, mesmo que ainda não haja oficialmente declaração de órgãos de meteorologia internacionais sobre essa incidência.
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