Nesta sexta-feira, 21 de fevereiro, Fortaleza será o destino de um terceiro voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos (EUA). A previsão é que os repatriados desembarquem no Aeroporto Pinto Martins às 9h, marcando mais um episódio da complexa questão da imigração ilegal e das deportações promovidas pelos EUA.

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Este é o terceiro voo de repatriados desde a posse de Donald Trump como presidente dos EUA, mas o segundo a chegar diretamente na capital cearense. A decisão de fazer Fortaleza o ponto de chegada se deve a uma estratégia para garantir maior conforto e dignidade aos deportados, evitando que percorram o território nacional algemados. Além disso, a cidade foi escolhida para reduzir a distância do trajeto até o destino final dos repatriados.

No embarque, realizado em Alexandria, na Luisiana, o voo foi acompanhado por um diplomata brasileiro, o que reforça o esforço do Brasil em assegurar os direitos dos cidadãos deportados durante o processo. Já no desembarque, os repatriados serão recebidos por uma equipe especializada da Secretaria dos Direitos Humanos do Ceará (Sedih), que coordena o Programa Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

Fortaleza recebe 3º voo de brasileiros deportados dos EUA, nesta sexta-feira (21)

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A recepção no Aeroporto Pinto Martins inclui o trabalho de um Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM), uma iniciativa importante para fornecer assistência imediata aos deportados, que muitas vezes enfrentam situações de vulnerabilidade.

As deportações de brasileiros dos EUA têm se intensificado desde o início da presidência de Donald Trump, que endureceu as políticas migratórias. No entanto, é importante destacar que deportações já eram realizadas durante o governo de Joe Biden. Entre 2022 e o início de 2023, o Brasil recebeu 45 voos de repatriados, com mais de 9 mil brasileiros sendo deportados. Em voos anteriores, o uso de algemas era comum, gerando repercussão negativa, inclusive no primeiro voo, que chegou a Manaus no dia 24 de janeiro, com 88 deportados. Naquele caso, o uso de algemas gerou um mal-estar diplomático, levando o Itamaraty a solicitar explicações formais ao governo dos EUA.

No segundo voo, realizado em 7 de fevereiro, com 111 deportados, a situação foi mais humanizada, com as algemas retiradas após o pouso, seguindo o protocolo de respeito aos direitos dos imigrantes. O cenário de endurecimento nas políticas de imigração ainda é motivo de debate e preocupação, e o governo brasileiro continua monitorando e buscando garantir o respeito aos direitos dos cidadãos repatriados.

A chegada deste terceiro voo em Fortaleza reflete não apenas as mudanças nas práticas de repatriação, mas também o papel das autoridades brasileiras na acolhida humanitária, oferecendo apoio e assistência a brasileiros que retornam em situação de vulnerabilidade, muitas vezes após passagens difíceis pela imigração ilegal.

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