O prefeito de Quixeramobim, Cirilo Pimenta (PSB), anunciou nesta quinta-feira (20) o cancelamento das festividades de Carnaval no município. A decisão foi tomada em solidariedade à família de Natany Alves, jovem de 20 anos que foi sequestrada e morta ao sair de uma igreja, no domingo (16).

“Este ano, não haverá Carnaval em Quixeramobim. Essa escolha não foi fácil, mas foi tomada com respeito e solidariedade à família de Natany e à nossa comunidade, que viveu um momento de dor e tragédia. Não podemos celebrar enquanto ainda estamos chorando a perda de uma vida preciosa”, declarou o prefeito em comunicado à imprensa.

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A decisão visa respeitar o luto e a dor dos familiares e amigos da vítima. “Que essa decisão seja um gesto de respeito e solidariedade à família e à nossa comunidade. Que possamos, juntos, superar esse momento difícil e encontrar a força para seguir em frente”, acrescentou Pimenta.

Na quarta-feira (19) Cirilo se reuniu com o Secretário de Segurança do Estado, Roberto Sá, para discutir medidas de segurança para o município. Dentre as principais demandas discutidas, estava a reivindicação da Delegacia 24 horas para Quixeramobim.

Prefeito de Quixeramobim anuncia cancelamento de carnaval após jovem ser sequestrada e morta

Natany Alves Sales era uma jovem de 20 anos, universitária e frequentadora da Igreja Congregação Cristã no Brasil, em Quixeramobim. A vítima foi sequestrada quando saía de um culto. Três criminosos a abordaram quando ela estava dentro de um veículo estacionado a poucos metros do templo. Eles foram presos e confessaram o crime. Os três suspeitos, Francisco Teodósio Ramos Neto, Jardson do Nascimento Silva e Francisco Márcio Freire, sequestraram Natany, trocaram de roupa dentro do carro para dificultar a identificação e, em seguida, a mataram a pedradas em uma área rural de Banabuiú. Um dos presos tem antecedente por injúria no contexto de violência doméstica.

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As investigações apontam que, ao perceber a intenção dos criminosos, ela “tentou reagir pegando uma pedra para se defender”. No entanto, foi brutalmente espancada pelos três homens, que a “atacaram repetidamente com pedras até ceifarem sua vida”. A violência e a crueldade do assassinato deixaram “marcas evidentes de luta no corpo da vítima”, destacou o delegado Pedro Viana, diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-Sul (DPJI-SUL).

Após o sequestro, os suspeitos seguiram por diversas cidades, incluindo Morada Nova e Banabuiú, antes de abandonarem o veículo em Quixadá. Durante o trajeto, trocaram de roupa dentro do carro para dificultar a identificação. Ao chegarem à rodoviária de Quixadá, cada um pegou um mototáxi e seguiram para a casa de um familiar de um dos envolvidos. Câmeras de segurança flagraram o momento da fuga.

 

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