O conclave que elegeu o Papa Francisco ocorreu entre os dias 12 e 13 de março de 2013, em um contexto histórico e religioso significativo. Este evento foi convocado após a renúncia do Papa Bento XVI, que anunciou sua decisão no dia 11 de fevereiro de 2013, efetivando-a no dia 28 do mesmo mês. A renúncia de Bento XVI foi um acontecimento raro e sem precedentes na história moderna da Igreja Católica, já que ele foi o primeiro papa a abdicar do cargo em quase 600 anos.
Preparativos para o Conclave
O conclave é um processo eleitoral que reúne cardeais da Igreja Católica para escolher um novo papa. As normas para a realização do conclave estão estabelecidas no Código de Direito Canônico e foram regulamentadas pela Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, promulgada pelo Papa João Paulo II. Este documento define as diretrizes que devem ser seguidas durante a eleição papal, incluindo o número de votos necessários e o procedimento de votação.
No caso do conclave de 2013, o início estava previsto para ocorrer entre 15 e 20 dias após a renúncia de Bento XVI. No entanto, devido à urgência em evitar uma longa vacância da sede papal, o conclave foi antecipado. O cardeal Giovanni Battista Re, por ser o cardeal-bispo eleitor de maior precedência, presidiu as reuniões que levariam à escolha do novo papa.
O processo eleitoral
O conclave se deu na Capela Sistina, onde os cardeais se reuniram em clausura para deliberar sobre quem seria o sucessor de Bento XVI. O primeiro dia do conclave começou com uma única votação, seguida por um ciclo intenso de quatro votações diárias nos dias subsequentes. Se após três dias não houvesse um eleito, os cardeais se retirariam para orações.
A tradição da fumaça é um elemento crucial na comunicação dos resultados do conclave. Fumaça preta indica que nenhum papa foi eleito, enquanto fumaça branca sinaliza a escolha de um novo pontífice. No caso do conclave de 2013, a primeira fumaça negra foi emitida no dia 12, às 19h41 locais, indicando que não havia consenso na primeira votação.
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A eleição do Papa Francisco
No dia seguinte, após cinco escrutínios, a fumaça branca começou a sair da chaminé da Capela Sistina às 19h06. Mais tarde, às 20h22, o mundo conheceu o novo papa: Jorge Mario Bergoglio, que adotou o nome Francisco. Ele se tornou o primeiro papa jesuíta e o primeiro originário das Américas. Sua eleição foi uma surpresa para muitos observadores, pois Bergoglio não estava entre os favoritos discutidos pela mídia antes do conclave.
A escolha do nome “Francisco” reflete uma conexão com São Francisco de Assis, simbolizando um compromisso com a simplicidade e a preocupação com os pobres e marginalizados. Desde sua eleição, o Papa Francisco tem promovido uma agenda reformista dentro da Igreja Católica, enfatizando a misericórdia, a inclusão e um enfoque renovado nas questões sociais.
Impacto e significado
A eleição do Papa Francisco teve um impacto profundo na Igreja Católica e no mundo em geral. Ele trouxe uma nova perspectiva sobre questões contemporâneas como pobreza, imigração e meio ambiente. A abordagem pastoral de Francisco e seu estilo acessível rapidamente conquistaram simpatia tanto entre católicos quanto entre não católicos.
Além disso, o conclave de 2013 também marcou uma mudança significativa na maneira como os papas são percebidos globalmente. O uso das redes sociais e da mídia digital durante e após sua eleição ajudou a criar uma nova imagem da Igreja Católica como uma instituição mais aberta ao diálogo e à modernidade.
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Como a escolha do nome “Francisco” foi recebida pela Igreja e pelo mundo
A escolha do nome “Francisco” pelo Papa Jorge Mario Bergoglio foi recebida com grande entusiasmo e simbolismo tanto pela Igreja Católica quanto pelo mundo em geral. Ao optar por esse nome, o novo papa fez uma clara referência a São Francisco de Assis, um dos santos mais venerados da Igreja, conhecido por sua vida de humildade, simplicidade e dedicação aos pobres.
Significado do nome
A escolha do nome “Francisco” não foi apenas uma homenagem ao santo padroeiro dos pobres, mas também um sinal claro das intenções e do estilo de liderança que Bergoglio pretendia adotar. O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, destacou que a decisão de Bergoglio representa uma vocação evangelizadora e um compromisso com a justiça social. A figura de São Francisco é especialmente significativa, pois ele é visto como um modelo de vida cristã que promove a paz e a solidariedade. Assim, a escolha do nome foi interpretada como um apelo à humildade e à reconstrução da Igreja Católica em tempos de crise.
Reação da Igreja
Dentro da Igreja, a escolha do nome foi amplamente celebrada. Muitos líderes católicos e fiéis viram isso como um sinal de renovação e esperança. Dom Leonardo Steiner, então secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), descreveu a escolha de Bergoglio como “uma agradável surpresa”, ressaltando que ele poderia trazer uma experiência positiva para o ministério petrino. A expectativa era de que Francisco liderasse uma Igreja mais próxima das questões sociais e dos direitos humanos.
Além disso, a escolha do nome foi vista como uma tentativa de unir diferentes correntes dentro da Igreja. A relação histórica entre os jesuítas, da qual Bergoglio faz parte, e os franciscanos foi mencionada como um possível gesto de aproximação entre essas duas tradições religiosas. Essa união era especialmente relevante após um conclave que havia sido marcado por divisões internas.
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