IGREJA CATÓLICA

Saiba quem são os cardeais brasileiros que podem ser Papa; entenda sucessão de Francisco

Sete cardeais brasileiros estão aptos a votar no conclave e serem votados para serem o próximo passo

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21 de fevereiro de 2025
Portal GCMAIS

A sucessão do Papa Francisco, que se aproxima dos 88 anos, já é um tema recorrente nas discussões sobre o futuro da Igreja Católica. Com a recente nomeação de novos cardeais, incluindo o brasileiro Dom Jaime Spengler, a atenção se volta para os cardeais brasileiros que podem participar do próximo conclave e suas possíveis chances de serem eleitos como novos papas.

Saiba quem são os cardeais brasileiros que podem ser Papa; entenda sucessão de Francisco
Foto: Reprodução/Vatican news

Contexto da sucessão do Papa Francisco e os cardeais brasileiros

Desde sua eleição em 2013, o Papa Francisco tem moldado o Colégio dos Cardeais de acordo com suas visões e prioridades. Ele já nomeou cerca de 80% dos cardeais que poderão votar em um eventual conclave, o que significa que a próxima escolha do papa poderá refletir suas políticas e diretrizes. O conclave é um evento secreto onde os cardeais se reúnem na Capela Sistina para escolher o novo líder da Igreja Católica, exigindo uma maioria de dois terços para a eleição.

A nomeação de novos cardeais

Recentemente, em dezembro de 2024, o Papa Francisco nomeou 21 novos cardeais, entre eles Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre. Com essa nomeação, o número total de cardeais eleitores subirá para 140. Os cardeais eleitores são aqueles com menos de 80 anos e que têm direito a voto no conclave. Além de Spengler, outros dois cardeais brasileiros têm direito a voto: Dom Leonardo Steiner e Dom Paulo Cezar Costa.

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Atualmente, sete cardeais brasileiros têm direito a voto em um eventual conclave para a escolha do próximo Papa. Cada um deles traz uma trajetória única e contribuições significativas para a Igreja Católica. Abaixo, uma descrição de cada um:

Dom Odilo Scherer

Idade: 75 anos
Cargo: Arcebispo de São Paulo
Perfil: Dom Odilo é uma figura proeminente na Igreja brasileira, tendo sido criado cardeal em 2007 por Bento XVI. Ele é conhecido por seu trabalho em questões sociais e pela promoção do diálogo inter-religioso. Sua posição em São Paulo, a maior cidade do Brasil, o coloca em um papel estratégico dentro da Igreja.

Dom João Braz de Aviz

Idade: 77 anos
Cargo: Arcebispo emérito de Brasília
Perfil: Criado cardeal em 2012, Dom João é um dos líderes da Igreja no Brasil e já ocupou posições importantes na Cúria Romana, incluindo o Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada. Seu conhecimento sobre a vida religiosa e sua experiência na administração da Igreja o tornam um candidato respeitado.

Dom Leonardo Steiner

Idade: 74 anos
Cargo: Arcebispo de Manaus
Perfil: Nomeado cardeal em 2022, Dom Leonardo é o primeiro cardeal da Amazônia brasileira. Ele tem um forte compromisso com as questões ambientais e os direitos dos povos indígenas. Sua experiência como secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) destaca sua influência na Igreja.

Dom Paulo Cezar Costa

Idade: 57 anos
Cargo: Arcebispo de Brasília
Perfil: Também nomeado cardeal em 2022, Dom Paulo Cezar é conhecido por seu trabalho pastoral e acadêmico. Ele possui doutorado em teologia e já atuou como bispo auxiliar no Rio de Janeiro antes de ser nomeado arcebispo de Brasília. Seu enfoque no serviço ao povo e à Igreja reflete a missão que o Papa Francisco defende.

Dom Jaime Spengler

Idade: 64 anos
Cargo: Arcebispo de Porto Alegre
Perfil: Nomeado cardeal em dezembro de 2024, Dom Jaime é um defensor da justiça social e da ecologia. Sua liderança na Arquidiocese de Porto Alegre e sua atuação na CNBB o posicionam como uma voz importante nas discussões sobre os desafios contemporâneos enfrentados pela Igreja.

Dom Orani João Tempesta

Idade: 74 anos
Cargo: Arcebispo do Rio de Janeiro
Perfil: Criado cardeal em 2014, Dom Orani tem uma longa trajetória pastoral e é conhecido por seu trabalho na promoção da unidade entre os católicos. Sua experiência na Arquidiocese do Rio de Janeiro, especialmente durante eventos como a Jornada Mundial da Juventude, destaca sua capacidade de mobilização.

Dom Sérgio da Rocha

Idade: 65 anos
Cargo: Arcebispo de Salvador
Perfil: Nomeado cardeal em 2016, Dom Sérgio tem se destacado por seu trabalho pastoral e suas contribuições à formação teológica no Brasil. Ele também foi presidente da CNBB e é conhecido por seu compromisso com a evangelização e a promoção da paz.

Esses sete cardeais representam uma diversidade de experiências e enfoques dentro da Igreja Católica no Brasil. Com suas trajetórias distintas, eles estão bem posicionados para influenciar o futuro da Igreja durante o próximo conclave, especialmente considerando as prioridades do Papa Francisco em relação à justiça social, ecologia e diálogo inter-religioso.

Os cardeais Leonardo Steiner e Paulo Cezar Costa estão entre os mais cotados para serem eleitos como o próximo Papa devido à sua juventude, visão progressista e compromisso com as questões sociais contemporâneas. No entanto, cardeais mais experientes como Odilo Scherer e Orani João Tempesta também têm chances significativas, dada sua influência e histórico na Igreja Católica. A composição do conclave refletirá as prioridades do Papa Francisco, especialmente em relação à justiça social e à inclusão das periferias na Igreja globalizada.

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Já teve algum Papa brasileiro? Veja a nacionalidade dos Papas

A história do papado é marcada por uma diversidade de nacionalidades entre os papas, refletindo a evolução da Igreja Católica ao longo dos séculos. Desde a sua fundação, a Igreja teve 266 papas, com uma predominância significativa de líderes italianos. A análise das nacionalidades dos papas revela não apenas a geografia da Igreja, mas também as mudanças culturais e sociais que influenciaram a escolha de seus líderes.

Predominância Italiana

A Itália é, de longe, o país que mais contribuiu para a lista de papas. Com 212 papas italianos, essa nacionalidade representa cerca de 79% do total. Este fenômeno pode ser atribuído à centralidade da Itália na história da Igreja Católica, especialmente em Roma, onde está localizado o Vaticano. A presença histórica e cultural da Igreja em solo italiano fez com que muitos dos cardeais e líderes eclesiásticos viessem desse país.

Outras nacionalidades

Além dos italianos, outras nacionalidades também têm representação no papado

França: 17 papas

Grécia: 11 papas

Alemanha: 6 papas

Síria: 6 papas

Espanha: 3 papas

Norte da África: 3 papas

Portugal: 2 papas (Dâmaso I e João XXI)

Outras nacionalidades: Incluem um papa israelita, um inglês, um neerlandês, um cretense e um polaco.

Esses números mostram que, embora a Itália seja o berço do papado, a Igreja sempre teve uma dimensão internacional, refletindo a diversidade do cristianismo ao redor do mundo.

Papas portugueses

Os dois papas portugueses são Dâmaso I e João XXI. Dâmaso I, que governou de 366 a 384 d.C., nasceu em Lisboa e é conhecido por sua contribuição à liturgia da Igreja. João XXI, nascido Pedro Julião, foi papa por um curto período entre 1276 e 1277. Sua eleição foi significativa, pois ele foi o primeiro papa a usar o nome João desde João XXII.

A presença de papas portugueses é notável considerando que Portugal teve um papel importante na história da Igreja durante a Idade Média e na Era dos Descobrimentos. A influência das missões católicas em várias partes do mundo também pode ser vista como um reflexo do legado português.

Papas não-italianos

O século XX trouxe mudanças significativas na nacionalidade dos papas. O Papa João Paulo II (Karol Wojtyła), eleito em 1978, foi o primeiro papa não italiano em 455 anos. Nascido na Polônia, seu pontificado durou mais de 26 anos e teve um impacto profundo na política mundial e nas relações inter-religiosas. Ele é lembrado por seu papel na queda do comunismo na Europa Oriental e por suas viagens ao redor do mundo.

Bento XVI (Joseph Aloisius Ratzinger), que sucedeu João Paulo II, também não era italiano; ele era alemão. Sua renúncia em 2013 foi um evento sem precedentes na história moderna da Igreja.

Mais recentemente, o Papa Francisco (Jorge Mario Bergoglio), eleito em 2013, é argentino de nascimento, embora tenha ascendência italiana. Sua eleição representa uma nova era para a Igreja Católica, trazendo uma perspectiva latino-americana para o papado.

Leia também | Quando foi o conclave do Papa Francisco? Relembre momento histórico

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