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Fevereiro de 2025 é o segundo mês mais chuvoso da história em Fortaleza

Com 476,2 mm de precipitação acumulada, o volume superou em 187,2% a média histórica para o mês, que é de 165,8 mm

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1 de março de 2025
Portal GCMAIS

O mês de fevereiro de 2025 entrou para a história como o segundo mais chuvoso em Fortaleza desde o início do monitoramento da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), em 1974. Com 476,2 mm de precipitação acumulada, o volume superou em 187,2% a média histórica para o mês, que é de 165,8 mm. O único fevereiro com mais chuva na capital cearense foi o de 2024, quando os registros atingiram 490,7 mm.

Fevereiro de 2025 é o segundo mês mais chuvoso da história em Fortaleza
Foto: Reprodução

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Fevereiro de 2025 é o segundo mais chuvoso

Durante o mês, houve precipitações em 24 dos 28 dias, com exceção de 4, 5, 15 e 22 de fevereiro. Em algumas datas, os altos acumulados evidenciaram problemas estruturais recorrentes na cidade, como alagamentos em vias e bairros. O dia 28 de fevereiro teve o maior volume de chuva do mês, com 178,2 mm, seguido pelo dia 19, que registrou 98,4 mm.

Na última década, Fortaleza superou 300 mm de chuva em fevereiro quatro vezes: em 2019, 2020, 2024 e 2025.

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Segundo o pesquisador da Funceme, Francisco Vasconcelos Júnior, o alto volume de chuvas em Fortaleza está relacionado à Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), principal sistema meteorológico responsável pelas precipitações no Ceará.

Além disso, a sequência de dias chuvosos influenciou as temperaturas na capital, que registrou mínimas atípicas. No dia 21 de fevereiro, os termômetros marcaram 20,9°C entre 4h e 5h da manhã, um dos menores registros do ano. Já no dia 19, a temperatura mínima foi de 21,6°C. O pesquisador explica que a maior nebulosidade reduz a incidência de raios solares, contribuindo para a queda das temperaturas.

No estado, a média histórica de chuvas para fevereiro é de 121,3 mm, e o volume observado foi de 125 mm, representando um desvio positivo de 3,1%.

As cidades do Litoral de Fortaleza registraram os maiores desvios positivos, com destaque para Pindoretama, onde o esperado era 118,6 mm, mas o volume registrado foi de 446 mm — um aumento de 276,2%. Em contrapartida, Abaiara, no Cariri, teve apenas 12 mm de chuva no mês, muito abaixo da média de 168,8 mm.

Na divisão por macrorregiões, o Litoral de Fortaleza teve o maior desvio positivo, seguido pelo Maciço de Baturité e Litoral do Pecém. Já as regiões da Ibiapaba, Sertão Central e Inhamuns, e Cariri registraram chuvas abaixo da média histórica.

O pesquisador da Funceme destaca que a ZCIT não avançou tanto pelo interior do estado, o que explica a distribuição irregular das chuvas. “O sistema não adentrou muito o continente, impactando principalmente o Litoral de Fortaleza, Maciço de Baturité e Litoral do Pecém”, afirma Vasconcelos Júnior.

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