As fortes chuvas registradas no Ceará durante o período de Carnaval impactaram diretamente o volume dos reservatórios do Estado. Entre sábado (1º) e esta quarta-feira (5), sete açudes transbordaram, elevando para 16 o número de reservatórios do Ceará que atingiram a capacidade máxima, segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Esse é o maior número registrado para o início de março desde 2020, quando 17 açudes estavam nessa condição.

Atualmente, o volume total dos 157 açudes monitorados pela Cogerh está em 45,8% da capacidade, o melhor índice para o período nos últimos anos. Além disso, 15 açudes já apresentavam volume acima de 90% até o fim de fevereiro, demonstrando a influência positiva das chuvas recentes.

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Reservatórios que transbordaram

Os 16 açudes que atingiram o volume máximo e sangraram são:

• Acaraú Mirim (Massapê)
• Arrebita (Forquilha)
• Forquilha (Forquilha)
• Jenipapo (Meruoca)
• São Vicente (Santana do Acaraú)
• Caldeirões (Saboeiro)
• Itapajé (Itapajé)
• Gerardo Atimbone (Sobral)
• Quandu (Itapipoca)
• São Pedro Timbaúba (Miraíma)
• Cauhipe (Caucaia)
• Germinal (Pacoti)
• Maranguapinho (Maranguape)
• Pesqueiro (Capistrano)
• Tijuquinha (Baturité)
• Sucesso (Tamboril)

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O açude Tijuquinha, em Baturité, chegou a sair da lista em alguns dias, mas voltou a sangrar em diferentes momentos ao longo do Carnaval. Já o açude Pesqueiro, em Capistrano, foi o último a alcançar a capacidade máxima, na quarta-feira de cinzas.

Apesar do aumento no volume dos reservatórios, algumas regiões ainda apresentam baixos níveis de armazenamento. As bacias hidrográficas dos Sertões de Crateús, Banabuiú e Médio Jaguaribe registram os menores volumes, reflexo da irregularidade das chuvas no centro-sul do Estado.

A previsão da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) indica que, até maio, há 45% de probabilidade de chuvas dentro da média, 35% de chance de precipitações acima da média e 20% de probabilidade de chuvas abaixo do esperado. O comportamento do Atlântico Equatorial e a temperatura dos oceanos são fatores que podem influenciar na distribuição das chuvas nos próximos meses.

Com o aumento do volume hídrico nos reservatórios, o Ceará se aproxima de um cenário mais positivo para o abastecimento e a segurança hídrica em 2025, embora a atenção continue voltada para as regiões com menor índice de chuvas.