ECONOMIA

Governo Lula 3: PIB do Brasil cresce 3,4% em 2024, maior taxa desde 2021

Presidente contraria pelo segundo ano consecutivo as projeções do mercado, que previa desempenho menor da economia

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7 de março de 2025
Portal GCMAIS

Em 2024, o terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva contrariou as expectativas do mercado ao registrar um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil maior do que o projetado. A economia brasileira expandiu-se 3,4%, superando as estimativas iniciais que variavam entre 1,75% e 2% para o ano. Este foi o segundo ano consecutivo em que o crescimento superou as expectativas, após um aumento de 3,2% em 2023, quando os agentes do mercado projetavam apenas 0,8%.

Governo Lula 3: PIB do Brasil cresce 3,4% em 2024, maior taxa desde 2021
Foto: João Paulo Lacerda/CNI

O crescimento do PIB foi impulsionado principalmente por investimentos, que aumentaram 7,3%, e pelo consumo das famílias, que avançou 4,8%. Os setores de serviços e indústria foram os principais motores do crescimento, com altas de 3,7% e 3,3%, respectivamente. Na mesma comparação, a Agropecuária sofreu queda de 3,2%. Já o PIB per capita alcançou R$ 55.247,45, um avanço, em termos reais, de 3,0% frente ao ano anterior. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgados hoje (7), pelo IBGE.

“Para o consumo das famílias tivemos uma conjunção positiva, como os programas de transferência de renda do governo, a continuação da melhoria do mercado de trabalho e os juros que foram, em média, mais baixos que em 2023”, explica Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.  A pesquisadora ressalta ainda que os principais destaques do PIB pela ótica produtiva (das atividades econômicas) foram Outras atividades de serviços (5,3%), Indústria de transformação (3,8%) e Comércio (3,8%), que juntos foram responsáveis por cerca da metade do crescimento do PIB em 2024.

Na Indústria, a atividade de Construção foi o destaque positivo ao registrar alta de 4,3% em 2024, em função do crescimento da ocupação na atividade, da produção de insumos típicos e da expansão do crédito. Outras influências positivas, além da Indústria de Transformação, foram a Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,6%).

A queda na Agropecuária (-3,2%) reflete o desempenho da Agricultura. Efeitos climáticos adversos impactaram várias culturas importantes da lavoura que registraram queda na estimativa anual de produção e perda de produtividade, tendo como destaque a soja (-4,6%) e o milho (-12,5%).

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PIB do 4º trimestre de 2024 apresenta estabilidade na comparação com o 3º tri

O PIB apresentou variação positiva (0,2%) na comparação do 4º trimestre contra o 3º  de 2024. Entre os setores, a Indústria variou 0,3%, enquanto os Serviços tiveram variação de 0,1%. Já a Agropecuária recuou 2,3%.

“No quarto trimestre de 2024 o que chama atenção é que o PIB ficou praticamente estável, com crescimento nos investimentos, mas com queda no consumo das famílias. Isso porque no quarto trimestre tivemos um pouco de aceleração da inflação, principalmente a de alimentos. Continuamos tendo melhoria no mercado de trabalho, mas com uma taxa já não tão alta. E os juros começaram a subir em setembro do ano passado, o que já impactou no quarto trimestre”, explica Rebeca.

Nas atividades industriais, destaque para a alta na Construção (2,5%), nas Indústrias de Transformação (0,8%) e nas Indústrias Extrativas (0,7%). Já a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos registrou queda de -1,2%.

Governo Lula 3 estima crescimento do PIB em 2025

As projeções para o crescimento econômico do Brasil em 2025 variam entre diferentes instituições e fontes. A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda projeta um crescimento do PIB de 2,3% para 2025, impulsionado principalmente pelo setor agropecuário, que deve ter um desempenho destacado com uma safra recorde.

Já o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, que capta o humor do mercado, estima um crescimento menor de 2,01% para 2025. Essa projeção tem sido ajustada ao longo do tempo, refletindo as condições econômicas atuais. O Fundo Monetário Internacional (FMI), por sua vez, revisou a projeção para um crescimento de 2,5% em 2025, apresentando uma visão mais otimista em comparação com outras instituições.

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Medidas para reduzir preço dos alimentos podem impulsionar a economia

As medidas anunciadas pelo governo nesta quinta-feira (06) para reduzir os preços dos alimentos podem ter vários impactos no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. A redução dos preços dos alimentos pode aumentar o poder de compra dos consumidores, permitindo que eles destinem mais recursos a outros setores da economia, como serviços e bens duráveis. Isso pode estimular a atividade econômica e contribuir para o crescimento do PIB. Além disso, com preços mais baixos, a inflação pode ser controlada, o que pode ajudar a manter as taxas de juros mais baixas, incentivando investimentos e consumo.

A isenção de impostos de importação sobre produtos como carne, café, açúcar e milho pode reduzir a arrecadação do governo, mas o impacto fiscal, de acordo com o governo, deve ser limitado. No entanto, essa medida pode aumentar a competitividade dos produtos importados, pressionando os produtores nacionais a melhorar a eficiência e reduzir custos, potencialmente aumentando a produtividade e contribuindo para o crescimento econômico.

O estímulo à produção de alimentos da cesta básica no Plano Safra pode também aumentar a produção nacional, reduzindo a dependência de importações e fortalecendo a agricultura brasileira. Isso pode gerar mais empregos e renda no setor rural, contribuindo para o PIB. Além disso, aumentar os estoques reguladores pela Conab pode ajudar a estabilizar os preços e garantir a disponibilidade de alimentos, o que é essencial para a segurança alimentar e pode evitar oscilações econômicas negativas.

As parcerias com supermercadistas para divulgar os melhores preços e o Selo Empresa Amiga do Consumidor podem aumentar a transparência dos preços e a competição no setor varejista, beneficiando os consumidores e incentivando a eficiência nos negócios. A extensão do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) para permitir a comercialização interestadual de produtos certificados no nível municipal pode aumentar a oferta de alimentos frescos e melhorar a competitividade dos pequenos produtores, contribuindo para a economia local e regional.

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