Fortaleza registrou, em fevereiro de 2025, a cesta básica mais cara entre as capitais do Norte e Nordeste, com um custo de R$ 710,66. O valor representa um aumento de 1,46% em relação ao mês anterior e um crescimento expressivo de 13,22% nos últimos 12 meses, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Para adquirir os itens essenciais da cesta básica, um trabalhador que recebe o salário mínimo precisou destinar 54,41% de sua renda líquida (R$ 1.404,15) e trabalhar o equivalente a 102 horas e 59 minutos no mês de fevereiro. Já para uma família de quatro pessoas, o gasto com alimentação ficou em R$ 2.131,98. O Dieese estima que o salário mínimo necessário para cobrir todas as despesas básicas de uma família deveria ser de R$ 7.229,32, ou 4,76 vezes o salário mínimo vigente no Brasil, de R$ 1.518,00.
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Dos 12 produtos que compõem a cesta básica, sete apresentaram aumento em fevereiro, com destaque para o café, que teve uma alta mensal de 7,46% e acumulou um impressionante aumento de 84,51% nos últimos 12 meses. Outros itens que encareceram foram o tomate (4,70%), a carne (2,30%), a farinha (2,10%), o pão (1,39%), a manteiga (1,16%) e o arroz (0,67%).
Por outro lado, alguns produtos tiveram redução de preços, como a banana (-4,21%), o óleo de soja (-0,83%), o leite (-0,73%), o açúcar (-0,68%) e o feijão (-0,13%). Apesar dessas quedas pontuais, o custo total da cesta segue em alta.
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No Norte, a única capital pesquisada foi Belém, onde a cesta básica custou R$ 700,06. Já no Nordeste, Fortaleza lidera como a capital com a cesta mais cara, seguida por Natal (R$ 648,58), João Pessoa (R$ 634,41), Salvador (R$ 628,80) e Recife (R$ 625,33). O menor valor foi registrado em Aracaju (R$ 580,45). No cenário nacional, São Paulo apresentou o maior custo da cesta básica, com R$ 860,53.
A contínua elevação dos preços dos alimentos essenciais tem impactado diretamente o orçamento das famílias, principalmente das que possuem menor renda. O aumento significativo em itens básicos como café, tomate e carne reforça a necessidade de políticas públicas para garantir a segurança alimentar da população.
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