No último mês, a 12ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Fortaleza registrou 1.173 casos de desaparecimentos
Mobilização nacional busca identificar e localizar desaparecidos em casas de saúde
A busca por pessoas desaparecidas no Brasil ganhou uma força maior com a parceria entre a Perícia Forense do Estado do Ceará e o Ministério da Justiça. Essa mobilização nacional visa identificar indivíduos em instituições de saúde e de assistência social, e já está mostrando resultados promissores no Estado do Ceará.

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No último mês, a 12ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Fortaleza registrou 1.173 casos de desaparecimentos, dos quais 1.015 tiveram um final positivo, com as pessoas sendo encontradas com vida. Entre os casos mais emocionantes está o de Francisco Arimatéia da Silva, que há 14 anos busca por seu filho, Francisco Anderson Pinheiro da Silva, desaparecido desde 2011. Arimatéia relembra, com dor, os últimos momentos com o filho: “Fui à delegacia, fiz boletim de ocorrência, mas o último contato que tivemos dele foi em uma igreja, aqui em Fortaleza, e desde então nunca mais tivemos notícias”, conta, esperançoso, ainda aguardando o retorno do filho.
De acordo com a delegada da 12ª DHPP, Átricia Aragão, a importância de registrar o desaparecimento o quanto antes é crucial para o sucesso da investigação. “O boletim de ocorrência pode ser feito por qualquer pessoa, seja um parente ou até um amigo, e não é necessário esperar as 24 horas. Quanto mais rápido for registrado, maiores as chances de localizar a pessoa desaparecida”, explicou.
Mobilização nacional busca identificar e localizar desaparecidos em casas de saúde
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Além disso, Átricia enfatiza que quanto mais informações precisas forem fornecidas, maior será a chance de sucesso nas buscas. Detalhes como fotografias recentes, número de celular e até mesmo perfis em redes sociais são fundamentais para a investigação. As famílias também são incentivadas a colaborar com a coleta de material genético, o que pode ser crucial para a identificação através do banco de perfis genéticos.
A perita legista Mayane Melo, que trabalha diretamente na identificação de pessoas em instituições de saúde e assistência social, reforça a importância dessa mobilização nacional. “É fundamental que as instituições de saúde e assistência social de todo o estado do Ceará realizem a solicitação de identificação dessas pessoas abrigadas e sem identificação. As famílias de desaparecidos, com ou sem boletim de ocorrência, devem procurar qualquer unidade da Perícia Forense para coletar o DNA e inserir no banco de perfis genéticos”, afirmou.
A história de Arimatéia é apenas uma entre tantas, mas reflete a esperança e a dor de muitos que aguardam o retorno de um ente querido. “Eu ainda mantenho a esperança de um dia ver meu filho novamente”, conclui, com os olhos cheios de saudade, mas com o coração aberto à possibilidade de um reencontro.
A parceria entre a Perícia Forense e o Ministério da Justiça segue com o objetivo de trazer mais respostas às famílias que sofrem com o desaparecimento de pessoas. Com mais mobilização e conscientização, muitas histórias de desaparecimentos podem ter um final feliz.
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