APÓS INVESTIGAÇÃO

Em operação policial, líder de ataques a provedoras de internet em duas cidades do Ceará é preso

Mesmo já estando recolhido em uma unidade prisional na cidade de Sobral, a prisão preventiva foi decretada como parte da ofensiva contra o crime organizado

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12 de março de 2025
Portal GCMAIS

Na manhã desta quarta-feira (12), uma megaoperação policial foi deflagrada simultaneamente em Fortaleza e nas cidades de Caucaia, Horizonte e São Gonçalo do Amarante, no Ceará, e teve como principal resultado a prisão do líder de uma organização criminosa responsável por extorsões e ataques contra empresas provedoras de internet, além de diversos outros crimes. A ação foi coordenada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco), seguiu diretrizes do Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

Em operação policial, líder de ataques a provedoras de internet em duas cidades do Ceará é preso
Foto: Divulgação / PCCE

O alvo central da operação foi um homem de 30 anos, apontado como chefe do grupo criminoso. Mesmo já estando recolhido em uma unidade prisional na cidade de Sobral, a prisão preventiva foi decretada como parte da ofensiva contra o crime organizado. O suspeito possui uma extensa ficha criminal, incluindo tráfico de drogas, associação criminosa, posse ilegal de arma de fogo e receptação. Além disso, ele havia sido preso no último fim de semana por suspeita de envolvimento em um homicídio ocorrido em Fortaleza e era investigado por comandar extorsões contra empresas de internet na capital cearense.

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Conforme a investigação, o criminoso utilizava seu conhecimento técnico para articular a distribuição clandestina de sinal de internet, aumentando o alcance da facção. A investigação revelou que parte dessas empresas estavam operando sem autorização e serviam como porta de entrada para o crime organizado expandir suas atividades financeiras ilícitas.

Outro alvo relevante foi um homem de 21 anos, preso no município de São Gonçalo do Amarante. Durante a operação, os agentes apreenderam com ele duas pistolas, dez munições calibre 40, celulares e outros eletrônicos. O suspeito foi encaminhado à sede da Draco, onde foi autuado em flagrante por posse ou porte ilegal de arma de fogo. As investigações indicam que ele também exercia um papel de comando dentro do grupo criminoso.

A ofensiva policial resultou no cumprimento de 12 mandados de prisão contra indivíduos com idades entre 21 e 43 anos, todos investigados por crimes como tráfico de drogas, homicídios e roubos. Além disso, foram executados 37 mandados de busca e apreensão, incluindo a apreensão de roteadores e distribuidores de fibra óptica nos bairros Padre Andrade, Pirambu, Ellery, Carlito Pamplona e Barra do Ceará, em Fortaleza, além da cidade de Horizonte, na Região Metropolitana. Uma terceira pistola foi apreendida no bairro Sabiaguaba, em Fortaleza.

Entre os 37 mandados de busca, 14 foram cumpridos em empresas provedoras de internet, algumas operando de forma clandestina e outras suspeitas de envolvimento direto com a facção. A polícia também apreendeu materiais danificados e cabos de fibra óptica que haviam sido destruídos por criminosos para prejudicar a concorrência e facilitar a dominação do mercado ilegal.

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O secretário de Segurança Pública, Roberto Sá, destacou que a operação foi um marco na repressão ao crime organizado e reforçou a importância da denúncia por parte da população. Segundo ele, o trabalho da polícia se intensificou nos últimos dias após uma série de ataques criminosos contra empresas de internet na capital e na região metropolitana. A criação de um núcleo especial dentro da Draco, com a participação do Departamento de Homicídios, da Inteligência da Polícia Civil e da equipe de Recuperação de Ativos, foi essencial para agilizar a identificação dos criminosos e viabilizar as prisões.

O delegado-geral da Polícia Civil (PCCE), Márcio Gutiérrez, ressaltou que a investigação não se encerra com as prisões. O foco agora será a asfixia financeira da facção, identificando e bloqueando os recursos obtidos ilegalmente. Além disso, será feita uma análise detalhada do envolvimento de outras empresas do setor, para verificar se houve conluio ou se algumas foram vítimas de intimidação por parte do crime organizado.

A SSPDS reforçou que todas as forças de segurança estão à disposição para garantir que as empresas afetadas possam retomar suas atividades sem medo de represálias. O Governo do Estado assegurou que a Polícia Militar prestará suporte imediato para qualquer provedor de internet que precise reestabelecer serviços interrompidos.

A população foi incentivada a continuar colaborando com as forças de segurança através dos canais oficiais, como o Disque Denúncia 181 e o número de emergência 190. A operação segue em andamento, e as autoridades já trabalham para prender os últimos alvos que ainda não foram localizados.

 

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