O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, registrou uma alta de 0,9% em janeiro deste ano, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (17). O avanço registrado no governo Lula 3 superou as projeções do mercado, que esperava um crescimento de apenas 0,3% para o mês.
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Em comparação com janeiro de 2024, o indicador mostrou um crescimento robusto de 3,6%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o IBC-Br apresentou uma alta de 3,8%, também acima das estimativas, que indicavam uma desaceleração para 2,3% no comparativo anual.
Apesar da surpresa positiva no indicador de janeiro, o cenário econômico ainda apresenta desafios, especialmente em setores-chave da economia. A atividade nos serviços, por exemplo, registrou uma queda de 0,2%, enquanto o varejo recuou 0,1%. A produção industrial também ficou estagnada, frustrando as expectativas do mercado. Esses resultados indicam que, embora o indicador de atividade econômica tenha apresentado um desempenho acima do esperado, a recuperação permanece desigual entre os diferentes setores.
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Em relação ao mês de dezembro de 2024, o BC revisou para baixo o dado da prévia do PIB, que agora mostra uma queda de 0,6%, em vez da retração de 0,7% inicialmente informada.
Com a leitura de janeiro, muitos analistas agora ajustam suas expectativas para o desempenho da economia ao longo de 2025. A previsão é de uma desaceleração gradual à medida que os efeitos do aperto monetário promovido pelo Banco Central com altas nas taxas de juros comecem a impactar mais fortemente a atividade econômica.
Contudo, a expectativa é que o impacto negativo do aperto monetário seja parcialmente compensado por uma safra agrícola positiva, que pode impulsionar a atividade no início do ano e ajudar a sustentar o crescimento econômico.
No fechamento do quarto trimestre de 2024 (4T24), o PIB registrou um crescimento modesto de 0,2%, e o ano terminou com um crescimento acumulado de 3,4%, atingindo R$ 11,7 trilhões. Esse desempenho de 2024, apesar das dificuldades enfrentadas por diversos setores, reforça a resiliência da economia brasileira, embora as perspectivas para 2025 sugiram um cenário de moderada desaceleração.
Embora os números de janeiro sejam um alívio, o cenário para 2025 ainda é de cautela. O mercado observa atentamente os efeitos das políticas monetárias implementadas pelo Banco Central e as variações nos setores econômicos que têm mostrado desempenho abaixo das expectativas. A desaceleração da indústria, dos serviços e do varejo sinaliza um cenário de incertezas, com a possibilidade de um crescimento mais modesto nos próximos meses.
Ainda assim, a expectativa é que a economia brasileira se mantenha em terreno positivo, com o auxílio de uma boa colheita agrícola e, talvez, algum alívio nas tensões fiscais, conforme o governo avançar em suas agendas econômicas. O desafio será equilibrar os efeitos do controle da inflação com o impulso necessário para manter o crescimento sustentável.
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