Hoje, quem ganha até R$ 5 mil paga R$ 4.356,89 por ano de IR, mas, em 2026, ficará isento
Como fica a nova tabela do Imposto de Renda 2026? Entenda
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, nesta terça-feira (18), uma proposta para reformar a tabela do Imposto de Renda (IR) no Brasil, com o objetivo de aliviar a carga tributária para uma grande parcela da população. A medida mais destacada é a isenção do IR para rendimentos mensais de até R$ 5 mil, que beneficiará aproximadamente 10 milhões de contribuintes. Além disso, a proposta inclui descontos parciais para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil por mês. Para compensar a perda de receita, o governo também propõe a criação de uma tributação mínima para os “super-ricos”, com rendimentos acima de R$ 600 mil por ano. Veja a seguir como ficará a nova tabela do Imposto de Renda para 2026, caso a proposta do Governo seja aprovada pelo Congresso Nacional.

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Proposta do Governo Lula para isenção do IR até R$ 5 mil
A proposta do governo Lula para a nova tabela do IR é parte de um esforço maior para reduzir a desigualdade econômica no Brasil, que figura entre as dez maiores economias do mundo, mas também entre as mais desiguais. A medida visa aliviar a carga tributária sobre os trabalhadores de baixa e média renda, que historicamente são os mais afetados pela tributação progressiva do IR.
Isenção total até R$ 5 mil
A isenção total do IR para rendimentos mensais de até R$ 5 mil é a principal mudança proposta. Isso significa que qualquer pessoa que ganhe até esse valor não pagará imposto de renda. Essa medida beneficiará diretamente cerca de 10 milhões de contribuintes, que deixarão de pagar o imposto sobre suas rendas mensais.
Desconto parcial entre R$ 5 mil e R$ 7 mil
Para rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, o governo propõe um desconto parcial no IR. A ideia é que esses contribuintes também sejam beneficiados, embora não tenham isenção total. Por exemplo, quem ganha R$ 5.500 terá um desconto de 75% no imposto devido, enquanto quem ganha R$ 6.000 terá um desconto de 50%, e quem ganha R$ 6.500 terá um desconto de 25%.
Tabela progressiva acima de R$ 7 mil
Para rendimentos acima de R$ 7 mil, a tabela progressiva do IR permanecerá inalterada, com alíquotas de 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%. Isso significa que os contribuintes com rendimentos mais altos continuarão a ser tributados conforme a tabela atual.
Tributação mínima para altas rendas
Para compensar a perda de receita decorrente da isenção e dos descontos, o governo propõe a criação de uma tributação mínima para os “super-ricos”. Essa medida visa garantir que os contribuintes com rendimentos mais altos contribuam de forma mais justa para o sistema tributário. A tributação mínima será aplicada sobre rendimentos acima de R$ 600 mil por ano, com alíquotas que variam progressivamente até 10% para quem ganha R$ 1,2 milhão ou mais.
Impacto econômico
A proposta de reforma do IR tem um impacto significativo no orçamento público. A isenção até R$ 5 mil custará cerca de R$ 27 bilhões por ano, o que representa uma redução substancial na arrecadação do governo. No entanto, a expectativa é que a tributação mínima para altas rendas ajude a compensar essa perda, além de promover uma distribuição mais equitativa da carga tributária.
Nova tabela do Imposto de Renda 2026: comparação com a atual
A proposta do governo Lula para a reforma do Imposto de Renda em 2026 inclui mudanças significativas na faixa de isenção e na tributação progressiva. Aqui está uma comparação entre a tabela atual e a proposta para 2026, além de exemplos práticos para ilustrar como essas mudanças afetarão os contribuintes.
Tabela atual (2025)
A tabela atual do Imposto de Renda para o ano-calendário de 2024 é a seguinte:
Base de Cálculo (R$) | Alíquota (%) | Parcela a Deduzir do IR (R$) |
---|---|---|
Até 2.259,20 | 0% | 0,00 |
De 2.259,21 a 2.828,65 | 7,5% | 169,44 |
De 2.828,66 a 3.751,05 | 15% | 381,44 |
De 3.751,06 a 4.664,68 | 22,5% | 662,77 |
Acima de 4.664,68 | 27,5% | 896,00 |
Tabela proposta para 2026
Com a proposta do governo, a nova tabela do Imposto de Renda para 2026 terá mudanças significativas, o que inclui uma faixa de isenção até R$ 5.000 mensais e descontos parciais para rendimentos entre R$ 5.000 e R$ 7.000. A tabela progressiva para rendimentos acima de R$ 7.000 permanece sem alterações significativas em relação à atual, mas pode haver ajustes para compensar a perda de receita.
Faixa de isenção e descontos parciais
-
Até R$ 5.000: Isenção total do Imposto de Renda.
-
De R$ 5.000 a R$ 7.000: Descontos parciais no IR.
Tabela progressiva acima de R$ 7.000
A tabela progressiva para rendimentos acima de R$ 7.000 permanece sem mudanças significativas em relação à atual, mas pode haver ajustes para compensar a perda de receita.
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Exemplos práticos da tabela do Imposto de Renda para 2026
Exemplo 1: Contribuinte com renda de R$ 4 mil mensais
Atualmente (2025):
-
A renda de R$ 4.000 está acima da faixa de isenção de R$ 2.259,20 e abaixo da faixa de R$ 3.751,05.
-
Alíquota aplicada: 15% sobre a diferença entre R$ 4.000 e R$ 2.259,20, que é R$ 1.740,80.
-
Imposto devido: 1.740,80×0,15=261,12.
Proposta para 2026:
-
A renda de R$ 4.000 está abaixo da faixa de isenção de R$ 5.000.
-
Isenção total: Não há imposto devido.
Exemplo 2: Contribuinte com renda de R$ 6 mil mensais
Atualmente (2025):
-
A renda de R$ 6.000 está acima da faixa de R$ 3.751,05 e abaixo da faixa de R$ 4.664,68.
-
Alíquota aplicada: 22,5% sobre a diferença entre R$ 6.000 e R$ 3.751,05, que é R$ 2.248,95.
-
Imposto devido: 2.248,95×0,225=506,01.
Proposta para 2026:
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A renda de R$ 6.000 está na faixa de descontos parciais.
-
Supondo um desconto de 50% no imposto devido (exemplo hipotético), o cálculo seria semelhante ao atual, mas com um desconto de 50% no valor final.
Exemplo 3: Contribuinte com renda de R$ 8 mil mensais
Atualmente (2025):
-
A renda de R$ 8.000 está acima da faixa de R$ 4.664,68.
-
Alíquota aplicada: 27,5% sobre a diferença entre R$ 8.000 e R$ 4.664,68, que é R$ 3.335,32.
-
Imposto devido: 3.335,32×0,275=917,36.
Proposta para 2026:
-
A renda de R$ 8.000 está acima da faixa de descontos parciais.
-
A tabela progressiva permanece sem alterações significativas, então o cálculo seria semelhante ao atual.
Leia também | Quando começa a valer a isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil? Entenda

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