Uma mulher, que prefere não se identificar, foi agredida de forma violenta pelo companheiro durante o carnaval na casa onde moravam no bairro Vila Velha, em Fortaleza. A vítima teve parte dos lábios arrancados. O agressor foi preso em flagrante e agora está indiciado pela Polícia Civil por tentativa de feminicídio.

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A vítima relatou que o companheiro a agrediu com mordidas, arrancando parte dos seus lábios e mordendo seus braços. “Ele me agrediu com mordidas. Ele arrancou a parte dos meus lábios, ele arrancou 50% dos meus lábios e já foi mordendo meus braços e depois que mordeu ele já veio me enforcar”, disse a vítima.

Além das agressões físicas, a vítima também relatou que sofria agressão verbal e tinha o celular invadido pelo companheiro. “Ele era bem agressivo, assim, verbalmente, ele já até me xingou, ele mexia no meu celular sem meu consentimento, né, pra ver se eu falava com outras pessoas”, disse.

“Só quero viver bem com meus filhos e sem medo”, diz mulher que teve parte dos lábios arrancados pelo companheiro

 

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A vítima está se recuperando dos ferimentos físicos e principalmente do trauma, pois o medo permanece. “Só quero viver bem, assim, com os meus filhos. Viver sem medo, né? Sem segurança. Porque, querendo ou não, eu ainda fico insegura, mesmo ele estando preso. Eu tenho medo dele se soltar a qualquer momento e vir atrás de fazer alguma coisa comigo. Tentar terminar o que ele começou, né? Porque ele tentou me matar”, disse.

A Casa da Mulher Brasileira, em Fortaleza, oferece assistência às mulheres vítimas de violência doméstica. “A Casa da Mulher Brasileira veio revolucionar o atendimento e o enfrentamento à violência contra nós mulheres. É um equipamento que funciona 24 horas, de domingo a domingo, é porta aberta, não existe necessidade de encaminhamento e aqui funciona no mesmo espaço físico, ou seja, no mesmo local, toda a rede de atendimento”, disse Daciane Barreto, coordenadora da Casa da Mulher Brasileira.

A vítima pede que as mulheres que estão passando por situações semelhantes procurem ajuda. “É importante procurar a Casa da Mulher Brasileira, denunciar. Basta de medo, basta de vergonha. Quem tem que ter vergonha é o agressor, não a mulher que sofre a violência. Procure a gente. Liga para o 180. Liga para o 190. Sem medo é o que a vítima de violência deseja”.

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