Dona Francisca sofreu uma parada cardiorrespiratória e, ao chegar ao novo hospital, enfrentou outras três paradas cardíacas.
Família denuncia negligência no caso de grávida que morreu logo após dar à luz
A dor e a revolta tomam conta da família de Dona Francisca Pereira da Silva, uma mulher de 42 anos, que, ao se descobrir grávida em idade avançada, vivenciou a expectativa da chegada de uma nova vida, mas teve sua história interrompida de forma trágica. Ela morreu após uma queda em casa, levando à morte não só a mãe, mas também deixando órfã sua recém-nascida e causando um vazio imenso em sua família. A família denuncia o caso como negligência.

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No início da semana, Dona Francisca sofreu uma queda no banheiro de sua casa, o que resultou em um forte golpe na cabeça. Ela estava grávida e, devido à sua idade, a gestação já era considerada de risco. Após o acidente, foi rapidamente levada ao Hospital de Guaraciaba do Norte, onde a família alega que a demora no atendimento e a falta de uma avaliação adequada agravaram ainda mais sua situação.
De acordo com relatos de um dos filhos de Dona Francisca, a equipe médica demorou para identificar a gravidade do quadro da mãe. A situação só foi reconhecida como crítica quando uma médica chegou mais tarde e decidiu fazer o parto emergencial da mulher. A criança, uma menina, nasceu saudável, mas a saúde de Dona Francisca continuou a se deteriorar.
Após o parto, a mulher foi transferida de Guaraciaba para o hospital de Tianguá, cidade vizinha com melhores recursos médicos. Durante o transporte, Dona Francisca sofreu uma parada cardiorrespiratória e, ao chegar ao novo hospital, enfrentou outras três paradas cardíacas. Infelizmente, ela não resistiu.
Família denuncia negligência no caso de grávida que morreu logo após dar à luz
A família de Dona Francisca, profundamente consternada, afirma que houve negligência médica. Segundo o depoimento do filho, a prioridade dos profissionais de saúde na primeira unidade hospitalar parecia ser a realização do parto, sem dar atenção suficiente ao trauma na cabeça da mãe, que já estava com hematoma. A falta de exames essenciais, como uma tomografia, e a demora para o início da transferência para um hospital melhor estruturado geraram grande frustração entre os familiares.
Em entrevista exclusiva ao Grupo Cidade de Comunicação, o filho de Dona Francisca relatou os momentos de angústia vividos pela família durante os atendimentos médicos. A indignação é evidente, pois, segundo ele, mesmo quando o estado da mãe se agravava, a prioridade dos profissionais parecia estar voltada para a gravidez, sem considerar o risco imediato da lesão na cabeça.
“Ela ficou de 3 da manhã até o momento em que foi transferida para Tianguá, sem os cuidados necessários”, disse o filho, que ainda questionou a falta de sensibilidade dos médicos que atenderam a mãe, incluindo a negativa de transferência imediata para um hospital melhor equipado.
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A dor da perda se torna ainda mais profunda para a família com a chegada de uma bebê saudável, mas que, infelizmente, não poderá conhecer a mãe. “É uma tragédia que deveria ter sido evitada. Uma vida que foi arrancada de forma cruel e sem necessidade”, lamentou um dos parentes da vítima.
A causa da morte, segundo laudo do IML, foi uma hemorragia cerebral causada pelo impacto da queda. Contudo, a família acredita que o quadro poderia ter sido revertido se houvesse um atendimento mais ágil e adequado.
Embora o caso tenha ganhado destaque, os hospitais envolvidos ainda não se manifestaram oficialmente sobre as acusações de negligência. A equipe de jornalismo do Grupo Cidade tentou obter uma resposta dos profissionais que atenderam Dona Francisca, mas até o momento, não houve retorno.
Em momentos como este, é fundamental lembrar da importância de um atendimento médico eficiente e da responsabilidade que profissionais da saúde têm em salvar vidas, especialmente em situações de risco.
A tragédia de Dona Francisca é um chamado para que as autoridades e os profissionais de saúde se atentem à seriedade do atendimento emergencial e ao cuidado necessário com pacientes em situações delicadas.
Hoje, a família de Dona Francisca enfrenta a dor da perda. A filha que ainda estava na barriga da mãe nunca poderá sentir seu abraço, e os outros filhos perderam uma mãe que, apesar da idade avançada, estava cheia de vida e esperança. A dor é indescritível, mas a busca por justiça começa agora.
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