O estado registrou, ao longo das últimas semanas, uma série de ataques de facções criminosas a empresas provedoras de internet
Ministério Público denuncia cinco suspeitos de atacar estrutura de empresas de internet no Pecém
Cinco suspeitos de participar de ataques a empresas provedoras de internet no Pecém, em São Gonçalo do Amarante, foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). O crime ocorreu no fim do último mês, em 27 de fevereiro, com uma ação criminosa tendo sido flagrada por uma câmera de segurança instalada.

Uma organização criminosa que atua na localidade teria exigindo pagamento por ponto de internet instalado no distrito. Sem ceder às chantagens, as operadoras passaram a ser alvo de ataques, com caixas de distribuição de rede destruídas ou parcialmente danificadas.
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Uma das empresas em questão estima prejuízo de R$ 52.700 após o ataque, que chegou a afetar fornecimento de internet inclusive para o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no município da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Ministério Público denuncia cinco suspeitos de atacar estrutura de empresas de internet no Pecém
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O MP assinala que um homem, identificado como Luiz Rodrigues da Costa Neto, chegou a ir até uma loja da empresa no dia 21 de fevereiro, tentando entrar em contato com o proprietário. Ele foi uma das pessoas presas na primeira fase da Operação Strike, deflagrada pelas forças de segurança no Ceará para combater os ataques às provedoras de internet.
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Fechamento
Nesta quinta-feira (20), a empresa GPX Telecom, provedora de internet atuante em Caucaia, anunciou o fechamento após ser vítima de um ataque de uma facção criminosa. A companhia, que atua no Ceará há nove anos, teria sido alvo do grupo criminoso por atuar em áreas controladas pelo grupo criminoso.
“Ao longo de 9 anos, desde 2016, tivemos a honra de servir com dedicação e alegria os bairros Parque Soledade, São Gerardo e Ponte Rio Ceará. Infelizmente, em meros 20 minutos, atos de vandalismo devastaram tudo o que construímos com tanto esforço e comprometimento, levando-nos a tomar a difícil decisão de encerrar nossas operações”, escreveu a empresa, em pronunciamento oficial divulgado nas redes.
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Ataques
O estado registrou, ao longo das últimas semanas, uma série de ataques de facções criminosas a empresas provedoras de internet. Os grupos criminosos estariam atuando para passar a controlar o fornecimento desse tipo de serviço, nas áreas controladas por eles, e para isso estariam vitimando as empresas de internet que atuam na legalidade.
Na última semana, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) executou a segunda fase da Operação Strike, para combater esses ataques. A primeira fase havia sido cumprida na mesma semana e, na ocasião, foram presos cinco proprietários de provedoras de internet que estariam envolvidos nas atividades ilícitas. Já foram cumpridos mais de 40 mandados relacionados a essas investigações, no âmbito da Polícia Civil cearense.
Leia também | Em menos de 20 dias, Ceará registra oito ataques a provedores de internet; facções impõem “taxas” e ameaçam serviços

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